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MPF denuncia oito pessoas no âmbito da Operação Hashtag

Ação foi deflagrada em julho por suspeita de um atentado terrorista durante os Jogos Rio 2016

Por Da redação
Atualizado em 16 set 2016, 12h27 - Publicado em 16 set 2016, 10h47

O Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba (PR) ofereceu, nesta sexta-feira, denúncia contra oito pessoas investigadas na Operação Hashtag, que foi deflagrada duas semanas antes do início das Olimpíada Rio-2016 por suspeita de um atentato terrorista durante as competições. Os denunciados são Alisson Luan de Oliveira, Leonid El Kadre de Melo, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Hortêncio Yoshitake, Luís Gustavo de Oliveira e Fernando Pinheiro Cabral.

Eles vão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista e associação criminosa. Alisson Luan de Oliveira, Leonid El Kadre de Melo, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita e Hortêncio Yoshitake também são denunciados por incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos, e Leonid El Kadre de Melo ainda responde por recrutamento para organização terrorista.

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O MPF também pediu a prisão preventiva dos oito denunciados e a prorrogação da prisão temporária de um dos suspeitos. Para justificar as detenções, os investigadores disseram que, dada a “ideologia cega” do grupo, a “ameça de atentados terroristas em solo brasileiro não se restringe aos jogos olímpicos”, mas pode acontecer em qualquer outro período. “Os fatos imputados aos acusados são gravíssimos, na medida em que a organização criminosa internacional com a qual compactuam almeja a execução de atos de destruição em massa, em que não há meios de as vítimas escaparem às ações dos criminosos”, disse o MPF no documento apresentado hoje à Justiça.

O órgão requereu ainda a aplicação de medidas alternativas aos outros seis investigados pela Operação Hashtag até o fim das investigações policiais: Antonio Andrade dos Santos Junior, Marcos Mario Duarte, Daniel Freitas Baltazar, Vitor Barbosa Magalhães, Mouhamad Zakaria Mounir e Valdir Pereira da Rocha devem comparecer mensalmente na Polícia Federal para informar suas atividades e estão proibidos de frequentar cursos ou atividades que envolvam explosivos, armas de fogo, artes marciais e simulacros de armas de fogo.

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Eles também estão proibidos de manter contato, por qualquer meio, inclusive a internet, com pessoas do Brasil ou do exterior que mantenham qualquer ligação com o Estado Islâmico e devem informar à Polícia Federal, no prazo de cinco dias, todas as redes sociais e usuários que utilizam ou venham a utilizar. Além disso, os seis suspeitos não podem se ausentar do país.

O MPF também pediu que os suspeitos Daniel Freitas Baltazar, Hortencio Yoshitake, Vitor Barbosa Magalhães e Valdir Pereira da Rocha sejam monitorados com tornozeleiras eletrônicas.

A ação

A operação foi deflagrada em 21 de julho deste ano, a quinze dias da Olimpíada, depois que a Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal monitorou mensagens trocadas pelos suspeitos em redes sociais, especialmente Telegram e WhatsApp, e identificou que o grupo fez uma espécie de “batismo”, de “juramento” ao Estado Islâmico, reproduzindo uma mensagem-padrão do grupo extremista. Os investigadores também detectaram que havia o risco real de que atos extremistas como o que cinquenta pessoas na boate Pulse, em Orlando, poderiam acontecer no Rio.

As ordens do grupo virtual “Defensores da Sharia” eram para adquirir armamento, treinar tiro ao alvo e iniciar ou ampliar treinamento em artes marciais. Um dos investigados entrou em contato, por e-mail, com um fornecedor de armas clandestinas no Paraguai, solicitando a compra de um fuzil AK-47. As mensagens trocadas entre o admirador do Estado Islâmico e o fornecedor de armas estão em poder dos investigadores.

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