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MPF abre investigação para apurar fraudes na fila de vacinação de Manaus

Prefeitura terá que informar lista de profissionais de saúde vacinados após médicas recém-formadas terem sido imunizadas antes de agentes da linha de frente

Por Da Redação Atualizado em 11 fev 2021, 10h07 - Publicado em 22 jan 2021, 11h33

O MPF (Ministério Público Federal) abriu uma investigação sobre possíveis fraudes durante a vacinação em Manaus, entre elas o fato de algumas pessoas terem passado à frente de grupos prioritários. O órgão também recomendou a David Almeida (Avante), prefeito da capital, que revogue uma portaria que impede servidores de registrarem o momento em que tomam a vacina contra Covid-19.

A prefeitura terá que repassar em 24 horas a lista dos profissionais de saúde, com nome, CPF e cargo, que foram vacinados contra Covid-19 nos dias 18 e 19 de janeiro.  O município deve fornecer ainda, em doze horas, a escala de trabalho na UBS Nilton Lins em janeiro, indicando o cargo que cada um ocupa e os critérios adotados para a ordem de vacinação.

A polêmica ganhou corpo depois que duas médicas recém-formadas, de uma família influente na cidade, foram vacinadas antes de profissionais que atuam na linha de frente no combate à pandemia — as irmãs gêmeas Gabrielle Kirk Maddy Lins e Isabelle Kirk Maddy Lins serão ouvidas pelo MPF.  Ambas postaram em redes sociais o momento em que receberam o imunizante.

A investigação teve início depois de uma live realizada por David Almeida em seu Facebook, na terça-feira, 19. No vídeo, o prefeito anuncia uma portaria que proíbe servidores públicos de compartilharem nas redes sociais a sua própria vacinação. O MPF recomendou que o prefeito faça um novo vídeo informando que é permitido aos funcionários mostrarem o momento que receberam a CoronaVac e que qualquer norma desse tipo seja revogada.

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Segundo o MPF, há improbidade administrativa na ação de David Almeida e o interesse público se sobrepõe ao interesse privado. Para o órgão, gravar ou tirar fotos ao tomar a CoronaVac não é ofensivo, nem criminoso, mas uma forma de prestação de contas da destinação das doses. O prefeito de Manaus tem 25 horas para informar as medidas adotadas para o cumprimento dessa recomendação ou motivos para ela não ter sido realizada.

Vacinação paralisada 

A imunização contra Covid-19 foi suspensa na quinta-feira, 21, em Manaus, depois de denúncias de fraude na aplicação da CoronaVac para pessoas de grupo não prioritários. De acordo com a prefeitura, a paralisação é “para que o governo do estado apresente um plano reorganizado de distribuição das doses nas unidades da rede estadual, com os critérios de definição de prioridades”.

 

 

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