MP quer expulsão de PMs envolvidos no caso Amarildo
Cinco agentes foram citados, entre eles o comandante da UPP, major Edson
O Ministério Público do Rio de Janeiro estuda entrar com uma ação civil pública pedindo a expulsão de cinco policiais militares envolvidos no desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza. Morador da Rocinha, ele foi visto pela última vez na companhia dos agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela, que o levaram para averiguações no dia 14 de julho.
A representação encaminhada à Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania nesta quinta-feira cita o comandante, Edson Santos, e os PMs Rodrigo de Macedo Avelar da Silva, Douglas Roberto Vital Machado, Rafael Adriano Silva de Carvalho e Vitor Luiz Evangelista. Eles podem responder por improbidade administrativa, tortura e abuso de autoridade na operação “Paz Armada”.
O major Edson Santos já foi afastado do comando da UPP, segundo anunciou o comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), coronel Frederico Caldas. A versão oficial da PM é que sua saída faz parte de uma grande mudança que atingirá todas as unidades. Nos bastidores, porém, comenta-se que o sumiço do morador da Rocinha tornou a permanência do major insustentável.
Leia também:
Polícia Militar do Rio troca comando da UPP da Rocinha
Justiça recusa pedido para declarar morte de Amarildo
PM que deteve pedreiro Amarildo já havia sido denunciado por agressão
Carro da PM que transportou Amarildo circulou pela cidade após desaparecimento