MP investiga o enriquecimento ilícito de 40 fiscais de SP
Alguns nomes, enviados pela Controladoria-Geral do Município, aparecem também nas investigações sobre esquema de fraudes no recolhimento do ISS
Por Da Redação
5 nov 2013, 07h21
Veja.com Veja.com/VEJA.com
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1/18 Suspeito de participar em esquema de fraude no ISS na gestão do prefeito Gilberto Kassab (2009-2012), Luis Alexandre de Magalhães deixa delegacia em São Paulo (abio Braga/Folhapress/VEJA)
2/18 Quatro agentes ligados à subsecretaria da Receita da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab foram presos por suspeita de integrar esquema de corrupção que causou prejuízos de pelo menos R$ 200 milhões aos cofres públicos nos últimos três anos, segundo o Ministério Público (MP), em São Paulo (Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress/VEJA)
3/18 Acusado de participar de esquema de corrupção na prefeitura de São Paulo, Ronilson Rodrigues deixa prisão em São Paulo na madrugada de sábado (09) (Folhapress/VEJA)
4/18 Luís Alexandre Magalhães, foi preso em flagrante na noite de quarta-feira (17) em um bar no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo (Alex Silva/Protegido: Estadão Conteúdo)
5/18 Roberto Victor Anelli Bodini, promotor de justiça do GEDC, e Cesar Dario Mariano da Silva , promotor de justiça de patrimônio social, durante entrevista coletiva a respeito do caso da corrupção dos fiscais da prefeitura de São Paulo, realizada na sede da Promotoria Pública de São Paulo - (14/11/2013) (JF Diorio/AE/VEJA)
6/18 Acusados do esquema de desvio do imposto sobre serviços da Prefeitura de São Paulo, durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD), são soltos na madrugada do sábado - (09/11/2013) (Marcos Bizzotto/Futura Press/VEJA)
7/18 Acusados do esquema de desvio do imposto sobre serviços da Prefeitura de São Paulo, durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD), são soltos na madrugada do sábado - (09/11/2013) (Marcos Bizzotto/Futura Press/VEJA)
8/18 Vanessa Alcântara após depor no Ministério Público (Fabio Braga/Folhapress/VEJA)
9/18 Vanessa Alcântara após depor no Ministério Público (Alex Silva/Estadão Conteúdo/VEJA)
10/18 O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), durante coletiva sobre os escândalos de corrupção e a prisão dos auditores na operação que desvendou esquema de corrupção milionário na Prefeitura - 04/11/2013 (Adriano Lima/Brazil Photo Press/Folhapress/VEJA)
11/18 Um Porsche estava entre os carros apreendidos nas residências de agentes ligados à subsecretaria da Receita da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) presos por suspeita de integrar esquema de corrupção (Renato S. Cerqueira/Futura Press/VEJA)
12/18 Quatro agentes ligados à subsecretaria da Receita da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab foram presos por suspeita de integrar esquema de corrupção que causou prejuízos de pelo menos R$ 200 milhões aos cofres públicos nos últimos três anos, segundo o Ministério Público (MP), em São Paulo (Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress/VEJA)
13/18 Moto da marca Ducati está entre os bens apreendidos pela polícia em ação que prendeu quatro agentes ligados à subsecretaria da Receita da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) (Renato S. Cerqueira/Futura Press/VEJA)
14/18 O grupo de agentes acusados de corrupção gostava de esbanjar e andava em carros de luxo, como um modelo da marca BMW (Renato S. Cerqueira/Futura Press/VEJA)
15/18 Uma pousada de luxo em Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro, está entre as aquisições da quadrilha acusada de fraudar 200 milhões de reais da prefeitura de SP (Divulgação MPE/VEJA)
16/18 O ex-subsecretário da Receita Municipal da prefeitura de São Paulo, Ronilson Bezerra Rodrigues sendo detido por envolvimento no desvio milionário no recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS) dentro da secretaria municipal de Finanças - (30/10/2013) (Jorge Araujo/Folhapress)
17/18 Ronilson (direita), um dos acusados de desviar 200 milhões de reais da Prefeitura de São Paulo, em debate na Alesp sobre reforma tributária (Divulgação/VEJA)
18/18 Sede da Cardoso & Almeida, construtora do auditor Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, preso por fraude tributária na prefeitura de SP (Reprodução/VEJA)
O Ministério Público Estadual (MPE) investiga atualmente quarenta auditores fiscais da prefeitura de São Paulo por enriquecimento ilícito. Alguns nomes, enviados pela Controladoria-Geral do Município (CGM), aparecem nas investigações sobre a fraude do imposto sobre serviços (ISS), que levou à prisão de servidores na semana passada.
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social fez um pente-fino em 84 nomes sugeridos pela CGM, que levaram a quarenta inquéritos. Entre os servidores citados está o auditor Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral, um dos três que continuam presos. O advogado dele afirmou que não falaria com a imprensa.
Também aparece o nome de Amilcar José Cançado Lemos. Na apuração da Promotoria sobre ISS, ele aparece como o criador do esquema de fraude. No entanto, teria sido afastado da quadrilha e, segundo a investigação, passou a denunciar Amaral e os outros três suspeitos: Ronilson Bezerra Rodrigues, Eduardo Horle Barcellos e Luis Alexandre Cardoso Magalhães.
Entre os investigados por enriquecimento ilícito pelo Ministério Público está Vladmir Varizo Tavares, do setor de comércio e indústria, um dos maiores pagadores de ISS da cidade. Ele prestou depoimento no dia 23 na CGM, no mesmo processo de fraude do tributo.
Outros dois auditores, que não aparecem como investigados, também foram ouvidos pelo controlador-geral, Mário Vinícius Spinelli, no mês passado sobre o suposto esquema de pagamento de propina para sonegação de imposto. Um deles, Arnaldo Augusto Pereira, ex-subsecretário da Receita, seria responsável por levar Ronilson Rodrigues, que depois seria o chefe da quadrilha, para o departamento de arrecadação. Ele foi secretário de Planejamento de Santo André entre 2009 e 2012, na gestão do ex-prefeito Aidan Ravin, então no PTB e atualmente no PSB. Em 2009, levou Rodrigues para ser secretário adjunto na prefeitura da cidade do ABC, cedido pela Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo.
Apuração e internet – O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou na segunda-feira saber que a CGM tem procedimentos de apuração relacionados a dezesseis servidores. “Não são necessariamente da carreira de auditor fiscal. O trabalho é mais amplo, envolve toda a prefeitura e estamos começando pelos casos mais eloquentes”, disse.
As redes sociais têm sido uma das armas utilizadas pelo controlador do Município, Mário Spinelli, no trabalho. “Essas pessoas usam apelidos no Facebook, mas você consegue saber que por trás do veículo está o servidor. Aí ele se sente à vontade para postar fotos e se chega à conclusão que o que ele declara não é o que ele tem. E isso é levado ao Ministério Público”, explicou o prefeito. Além dos quatro fiscais detidos nesta semana, outros sete servidores já foram presos neste ano.
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