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MP do Ceará aponta falhas em operação policial que causou 14 mortes

Protocolos para casos com reféns não foram seguidos e a PRF não foi comunicada, segundo procurador; policiais envolvidos estão afastados

Por Da Redação Atualizado em 11 dez 2018, 16h49 - Publicado em 11 dez 2018, 12h28

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Ceará (MP/CE), Plácido Barroso Rios, afirmou que houve erros na ação policial e adoção de protocolos durante operação da “Tragédia de Milagres“, que resultou na morte de catorze pessoas, seis reféns e oito suspeitos, na município de Milagres, a 500 quilômetros de Fortaleza, Ceará.

“Precisamos saber como se deu o planejamento da ação e quais falhas ocorreram, por que os protocolos policiais para casos com reféns não foram seguidos, por que a Polícia Rodoviária Federal não foi comunicada da operação”, destacou o procurador. Segundo ele, as apurações do caso em detalhes são fundamentais. “É um caso complexo e precisamos saber exatamente como tudo aconteceu.”

A Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Ceará criou um grupo de trabalho para acompanhar as investigações das mortes ocorridas há cinco dias, depois de uma tentativa de assalto a duas agências bancárias na cidade.

“É importante deixar claro que não estamos abrindo uma investigação paralela, estamos trabalhando em comunhão de esforços com a polícia para acompanhar e, se entender necessário, requisitar novos meios de prova, pois, ao final, caberá ao Ministério Público receber todo o material recolhido para atuar conforme o que for apurado”, disse Plácido Rios.

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O grupo será formado pelos promotores de Justiça Humberto Ibiapina, Gomes Câmara, Luciana de Aquino, Fernanda Andrade, Manuel Pinheiro, Nelson Gesteira, Juliana Mota, Daniel Ferreira e Leonardo Marinho, que atuarão em conjunto ou separadamente com a Promotoria de Justiça da Comarca de Milagres, titularidade do promotor de Justiça Muriel Vasconcelos.

Policiais envolvidos são afastados

O governador do Estado do Ceára, Camilo Santana, durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, 10, afirmou que doze policiais envolvidos no tiroteio foram afastados de suas funções. Os agentes da Segurança Pública ficarão longe das ruas até que a apuração do grupo especial criado para a investigação seja concluída. A Controladoria-Geral de Disciplina (CGD) também abriu inquérito para apurar a conduta dos militares. 

Camilo chegou a questionar a existência de reféns no período da madrugada, durante a tentativa de assalto aos bancos. O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, André Costa, afirmou que a polícia não sabia da existência e pessoas sob o domínio dos bandidos. Até o momento oito suspeitos foram presos.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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