Motoristas param distribuição de combustível em SP
Paralisação é um protesto contra a restrição à circulação de caminhões na Marginal Tietê, que passou a valer nesta segunda-feira
Motoristas que trabalham na distribuição de combustível de grandes postos no Ipiranga, na zona sul de São Paulo, Guarulhos, São Caetano e Barueri paralisaram nesta segunda-feira suas atividades em protesto à proibição do tráfego de caminhões a partir de hoje na Marginal do Tietê e em outras 25 vias da capital entre as 5h e 9h da manhã e das 17h às 22h, de segunda à sexta-feira. Aos sábados, a restrição será das 10h às 14h. Quem desrespeitar a restrição pagará multa de 85,13 reais e será punido com a retirada de quatro pontos da carteira.
O presidente do Sindicato dos Transportadores de Cargas Líquidas e Corrosivas do Estado de São Paulo, Bernabé Gastão, disse que não há previsão do retorno ao trabalho e que, a partir do segundo dia da interrupção da entrega dos combustíveis, o produto começará a faltar nos postos da capital. “Se o governo não se manifestar, outros vinte sindicatos do país já confirmaram a adesão à paralisação e farão uma greve nacional”, diz Gastão.
“Desde dezembro do ano passado, o Sindicato dos Transportadores de Rodoviários de Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) vem pedindo uma audiência com prefeito Gilberto Kassab e com o secretário de transporte para encontrar uma solução e em nenhum momento eles responderam”, explica Gastão.
Os motoristas, segundo o presidente, não têm outra opção para trafegar enquanto o Rodoanel Mário Covas não estiver concluído, explica. “Em oito horas, é impossível o trabalhador carregar o caminhão e chegar ao seu destino final sem passar principalmente pela Marginal do Tietê”, diz. “Os motoristas encontram pontos de restrição em todo lugar e isso aumenta o custo do frete.”