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Mortes em RR não têm relação com briga de facções, diz secretário

Estado diz ter separado grupos desde motim em 2016 e que só o PCC continua no presídio; avaliação coincide com a do ministro Alexandre de Moraes (Justiça)

Por Da redação
Atualizado em 6 jan 2017, 19h54 - Publicado em 6 jan 2017, 16h43

O governo de Roraima descartou nesta sexta-feira que o assassinato de 33 presos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Boa Vista, tenha ocorrido num contexto de guerra entre facções criminosas, como aconteceu no massacre de Manaus no domingo, quando 56 presos foram mortos.

O secretário estadual de Justiça, Uziel de Castro Júnior, afirmou que os presidiários mortos são “neutros”, ou seja, não têm vínculos com nenhuma organização criminosa. Desde o início do dia, foi veiculada a possibilidade de a ação ter sido uma retaliação do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra o grupo Família do Norte (FDN), que, ligado ao Comando Vermelho, atacou integrantes do PCC no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.

“O que houve foi uma ação isolada de membros do PCC contra pessoas que não eram ligadas a nenhuma facção. São presos que não se declararam a nenhuma facção. Não entendemos qual foi o motivo. Foi uma brutalidade sem medida, sem justificativa. Não sabemos se foi questão de liderança, ou de poder ali naquele momento. Não houve confronto [entre facções]”, disse o secretário. 

Segundo o governo, desde novembro de 2016, os presos no Estado estão separados em unidades prisionais de acordo com a facção a que afirmam estar ligados. A segregação foi uma resposta das autoridades locais aos confrontos entre grupos rivais que ocorreram em outubro, deixando pelo menos dez mortos no mesmo presídio. Na penitenciária de Monte Cristo, estariam apenas presos que integram o PCC e os que afirmam não pertencer a nenhum grupo. Já na Cadeia Pública estão membros do Comando Vermelho e da FDN.

A declaração do secretário coincide com a feita pelo ministro da Justiça, Alexandre Moraes, na manhã desta sexta-feira, em entrevista em Brasília durante o lançamento do Plano Nacional de Segurança. Para o ministro, houve um “acerto interno” do PCC. “Não é uma retaliação. Houve a separação dessa facção (PCC) nesse presídio. Então, todos ali eram da mesma facção. Os que morreram eram estupradores e rivais internos que haviam, segundo as informações ainda iniciais, traído os demais. Na linguagem popular, seria um acerto interno, o que não retira a gravidade do fato”, disse o ministro.

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