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Morte de animais marinhos preocupa biólogos de SC

Por Da Redação
24 nov 2011, 17h14

Por Evandro Fadel, correspondente

Curitiba (AE) – O aparecimento de dezenas de animais marinhos mortos desde o mês passado no litoral de Santa Catarina está preocupando pesquisadores e biólogos do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), instituição que monitora a morte de animais há 18 anos. “O número está muito acima do normal e, além do mais, os casos estão concentrados em uma região”, disse o curador do museu, Jules Marcelo Rosa Soto. A região fica no Centro-Norte de Santa Catarina, entre Porto Belo e São Francisco do Sul.

De acordo com a Univali, em cerca de 30 dias foram encontradas 26 tartarugas verdes (Chelonia mydas), 12 botos (Tursiops truncatus), conhecido como “boto da tainha”, e dois golfinhos cinza (Sotalia guianensis). Hoje pela manhã, os biólogos recolheram um filhote de baleia-minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) na Praia de Porto Belo. À tarde, foi identificada na Praia Brava, em Itajaí, uma toninha (Pontoporia blainvillei) já em estado de decomposição. É uma das espécies mais ameaçadas de extinção. Na quarta-feira, uma baleia jubarte (Megaptera novaeangliae), já em decomposição, foi encontrada na Praia do Ervino, em São Francisco do Sul.

Segundo o curador do museu, o mais provável é que as mortes tenham relação com a pesca de emalhe realizada no litoral catarinense. Nesse processo, a rede é lançada ao mar tendo pesos em uma das extremidades e flutuadores na outra.

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Os peixes e crustáceos acabam presos nas malhas durante o processo de tentar se libertar. Soto disse, hoje à tarde, ter recebido denúncias de que um navio estaria utilizando uma malha mais grossa e com comprimento superior ao permitido pela legislação. “Aí explicaria as mortes”, afirmou.

Ele acentuou que o aparecimento da jubarte pode ter sido coincidência, visto que, em Santa Catarina, ela fica em alto mar. O corpo tinha sinais de mordidas de tubarão-azul. Soto disse que ainda iria verificar a denúncia sobre o barco com as redes ilegais. Algumas das tartarugas apresentavam sinais que levam a crer que ficaram presas em emalhe. Elas eram juvenis, com tamanho entre 33 e 41 centímetros de comprimento. Todos os animais foram recolhidos para exame, mas ainda não há laudo conclusivo.

O coordenador do Projeto Tamar, que estuda as tartarugas, ligado ao Instituto Chico Mendes, em Florianópolis, Gustavo Stahelin, disse que não tinha recebido nenhum comunicado do Museu Oceanográfico sobre as mortes dos animais. “Só poderia comentar com os laudos em mãos”, afirmou. Stahelin destacou que, das tartarugas analisadas pelo projeto, 40% têm como causa da morte a ingestão de lixo. O restante fica dividido entre doenças, pesca ou sem causa precisa.

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