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Moradores do litoral de SP bloqueiam vias para barrar turismo em feriadão

Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o governador João Doria, ambos do PSDB, anteciparam datas comemorativas para conter a proliferação da Covid-19

Por Redação
Atualizado em 19 Maio 2020, 23h48 - Publicado em 19 Maio 2020, 21h10

Moradores de diversas regiões do litoral norte de São Paulo fizeram bloqueios no final da tarde desta terça-feira, 19, para impedir a chegada de turistas no feriadão de cinco dias que foi aprovado na capital a partir de uma articulação entre o prefeito paulistano, Bruno Covas (PSDB), e o governador João Doria (PSDB) para conter a proliferação da Covid-19 na maior cidade do país.

A folga prolongada ainda pode chegar a seis dias caso a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprove um projeto de lei enviado por Doria que prevê antecipar para a segunda-feira, 25, o feriado do dia 9 de julho, em comemoração à Revolução Constitucionalista. A medida é uma extensão, com complementação, da iniciativa aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo, que estabeleceu a antecipação na capital dos feriados de Corpus Christi (que seria no dia 11 de junho) e da Consciência Negra (20 de novembro) para quarta-feira, 20, e quinta-feira, 21. Covas também decretou ponto facultativo na sexta-feira, 22.

Foram feitas barricadas com fogo nas estradas que dão acesso às praias da Barra do Una, Barra do Sahy e Juquehy, que estão localizadas na cidade de São Sebastião. Os bloqueios começaram às 18 horas e se prolongaram ao longo da noite. Moradores entoaram palavras de ordem para afugentar os turistas, como “ão, ão, ão, paulista aqui não”. Houve congestionamento nas vias.

Em entrevista a VEJA, o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), disse estar revoltado com as medidas adotadas por Covas e Doria, que são do seu partido. Segundo ele, o feriadão levará a uma “explosão” de turistas, com entrada de 100.000 a 150.000 pessoas na cidade. Ele afirmou que o município já está lotado de veranistas que deixaram a capital e foram passar a quarentena na região.

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Se não conseguir bloquear os acessos ao município por decisão judicial, o prefeito prometeu que irá liberar o acesso às praias e o comércio de ambulantes. “Como não teremos como fiscalizar todos os lugares. então, vamos liberar”, disse ele.

A área jurídica da prefeitura entrou nesta terça-feira com uma ação na Justiça para colocar bloqueios da Polícia Militar nas entradas da cidade – as restrições foram derrubadas em processos anteriores. São Sebastião registrou até agora 308 casos confirmados de Covid-19 e oito óbitos.

Diante das críticas, o governo de São Paulo anunciou que irá apoiar as prefeituras de cidades turísticas que quiserem promover ações de restrição de acesso nos próximos dias – o que não aconteceu nas últimas vezes.

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Em levantamento divulgado nesta terça-feira, o estado de São Paulo bateu o recorde de mortes por infecção de Covid-19 registradas em um único dia. Foram computadas 324 vítimas fatais nas últimas 24 horas. O total de mortes no estado é de 5.147. 

Na noite desta terça-feira, a Justiça de São Paulo determinou a restrição ao acesso de turistas a cinco praias do litoral paulista entre os dias 20 e 25 de maio, durante os feriados antecipados pela capital. A decisão cabe aos municípios de Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri e Pedro de Toledo. Ainda cabe recurso sobre a determinação.

O juiz Rafael Vieira Patara, da 3ª Vara da Comarca de Itanhaém, acatou um pedido do Ministério Público estadual alegando que, durante o feriado, muitas pessoas podem optar por viajar até o litoral, levando o risco do coronavírus para novos municípios.

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