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Ministério manda Backer retirar todas as suas cervejas à venda no país

Presença da substância tóxica dietilenoglicol em amostras das cervejas Belorizontina e Capixaba justificam a determinação da pasta

Por Da Redação 14 jan 2020, 08h52

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou que a cervejaria Backer retire de circulação todas as suas cervejas à venda no país, produzidas entre 1º de outubro de 2019 e 13 de janeiro de 2020. A medida atinge os 21 rótulos da empresa mineira. Em nota, a pasta alega que análises em amostras das cervejas Belorizontina e Capixaba indicaram a presença de dietilenoglicol, usado como anticongelante e tóxica caso ingerida. A substância é apontada pela Polícia Civil mineira como possível causadora de uma síndrome nefroneural (que afeta rins e sistema nervoso) que já provocou uma morte e 16 intoxicações, segundo números atualizados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

“Estes produtos já estavam e continuam sendo retirados do mercado, por recolhimento feito pela própria empresa e por ações de fiscalização e apreensão dos serviços de fiscalização”, disse o ministério. A pasta ainda determinou o fechamento cautelar do complexo cervejeiro da Backer, no bairro Olhos D’Água, em Belo Horizonte, e a apreensão de 139 mil litros de cerveja engarrafada e de 8.480 litros de chope. Também foram lacrados tanques e equipamentos de produção.

“O Ministério segue atuando nas investigações e tomando medidas para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas pelas moléculas dietilenoglicol e monoetilenoglicol”, reforça.

Dos dezessete casos suspeitos por intoxicação, há dezesseis homens e uma mulher, detalha a secretaria estadual de saúde mineira. No sangue de quatro desses pacientes foi identificado a presença de dietilenoglicol, e um deles morreu. “Os treze restantes continuam sob investigação, uma vez que apresentaram sinais e sintomas com relato de exposição”, atesta a secretaria.

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“A Secretaria de Estado de Saúde continuará a investigação epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos incluindo a emissão de notas técnicas para orientação aos serviços e profissionais de saúde e divulgação periódica de informações atualizadas à população”, acrescenta.

O Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais aponta que três lotes da Backer indicaram a presença de dietilenoglicol, tanto de amostras recolhidas na casa de pacientes, como no depósito da empresa. São eles: L2-1354, L1-1348 e L2-1348. Uma das linhas de apuração é uma possível sabotagem, já que um supervisor da empresa registrou um boletim de ocorrência por ameaça de morte contra um ex-funcionário no dia 19 de dezembro do ano passado.

A Backer informou que está focada nos pacientes e familiares, e que prestará o suporte necessário, “mesmo antes de qualquer conclusão sobre o episódio”. Acrescenta que colabora, “sem restrições”, com as investigações, e que solicitou uma perícia independente na semana passada. “Reitera que, em seu processo produtivo, utiliza, exclusivamente, o agente monoetilenoglicol.” Fundada em 1999, a empresa é pioneira na produção de cerveja artesanal em Minas Gerais e já conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais.

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