Operação mira milícia suspeita de matar jornalistas e vereador
Organização criminosa também é investigada por atuar em chacina de cinco jovens no Condomínio Minha Casa Minha Vida em Maricá, no Rio
Uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro e das polícias Civil e Militar cumpre 39 mandados de busca e apreensão nesta sexta (20) contra uma milícia que atua no município de Maricá, na Região Metropolitano do Rio. Segundo a Polícia Civil, os mandados são decorrentes de dois inquéritos: a chacina de cinco jovens em um condomínio de Maricá, em 25 de março de 2018, e o assassinato do jornalista Robson Giorno, em 25 de maio deste ano, no mesmo município. O grupo é investigado pelos crimes de homicídio e organização criminosa.
O MPRJ informou que os milicianos são suspeitos de ter envolvimento nas mortes do jornalista Romário Barros, do vereador Ismael Breve e de seu filho, Thiago Martins. Quatro integrantes da milícia teriam participação na execução de Giorno. O inquérito instaurado para investigar esse homicídio é um desdobramento do que apurou a chacina do Condomínio Minha Casa Minha Vida de Inoã, em Maricá.
Uma operação realizada em 2018 e que resultou na prisão de João Paulo Firmino, integrante da milícia chefiada por Wainer Teixeira Junior, mostrou que a organização criminosa comete crimes por encomenda, faz extorsões, imposição como vendedor único de determinados bens, vinculação com agentes públicos e coação de testemunhas.