Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mickey é homossexual e Disney promove o ‘gayismo’, diz deputado

Parlamentar, que é professor e pastor evangélico, afirma que personagem ‘vem enrolando a Minnie há 80 anos’ e que nas histórias ‘ninguém tem pai, é só tio’

Por Da redação
Atualizado em 14 mar 2017, 12h05 - Publicado em 13 mar 2017, 18h30

Na segunda-feira dia 6, o deputado federal Victório Galli (PSC-MT) compartilhou em sua página no Facebook uma ilustração em que Jesus Cristo aparece “protegendo” uma criança de Mickey Mouse, personagem-símbolo da Disney.

Na ilustração, feita pelo Desenhista que Pensa, página de ilustradores que se identificam com o pensamento de direita, Jesus pede que o rato mais famoso do mundo não mexa com seus “pequeninos”.

Na última quinta-feira, em entrevista à rádio Capital, de Cuiabá (MT), o deputado voltou a chamar o símbolo da Disney de homossexual e acusou a empresa de fazer apologia ao “gayismo”. “Em relação a essa situação do Mickey e da Disney, a gente vê que, em todas as suas atuações, eles fazem apologia ao ‘homossexualismo’. Inclusive o Mickey, se você fizer um estudo profundo como eu já fiz, ele é homossexual. As pessoas estão enganadas com essa mensagem subliminar que a Disney está passando para a sociedade, principalmente às nossas crianças.”

Ouça aqui trecho da entrevista à rádio Capital, divulgada na sexta-feira, 10, pelo site Buzzfeed Brasil:

Ao ser questionado pelo jornalista sobre o fato de o Mickey namorar com a Minnie, o deputado acredita ser um relacionamento de fachada. “Isso é o que eles fazem para enganar as pessoas. O objetivo é destruir famílias”, disse. E continuou: “O próprio nome dele em relação aos exemplos que fazem, as cores, assim por diante, você vê uma mensagem subliminar que ele está fazendo uma apologia e apoiando a questão gay.”

Continua após a publicidade

O deputado não citou mais detalhes que comprovassem que o Mickey seria gay. “Eu não tenho aqui em mãos, como passar os pontos nesse sentido. Mas a mensagem, a forma como se coloca, de transmitir a linguagem para nossas crianças, tudo leva nesse sentido”, explicou o deputado. “Há 80 anos, o Mickey vem enrolando a Minnie, nunca casou com ela, lá ninguém tem pai, é só tio. Aqueles patinhos… Quem sabe quem é o pai daqueles patinhos? Só chama de tio, que família que é essa?”

Mas, segundo Galli, o Mickey não é o único personagem “gay” da Disney: “Infelizmente outro filme em que os personagens transmitem mensagem em relação ao ‘homossexualismo’ é aquele desenho animado do leão, o Rei Leão. Na realidade é outra mensagem que transmite a apologia ao ‘gayismo’. É na questão que o Rei Leão deveria ser um animal feroz, de transmitir respeito aos outros animais, ele se torna um animalzinho frágil, que carece de proteção dos outros”, citou.

Galli, que é professor e pastor evangélico da Assembleia de Deus e está no seu terceiro mandato como deputado federal, afirmou que não tem “nada contra gays, apenas contra o ativismo LGBT” e que sempre vai “alertar quando o alvo forem crianças”, defendendo aquilo no que acredita.

Na última sexta-feira, 10, após a polêmica, o deputado postou em sua página do Facebook uma nota de esclarecimento, em que diz que suas críticas foram baseadas em um beijo gay exibido recentemente num desenho da produtora e no casal homossexual do live-action de “A Bela e a Fera”, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 16.

Continua após a publicidade

As críticas de Galli à Disney vieram na mesma semana que outro pastor da Assembleia de Deus, Silas Malafaia, abriu polêmica ao propor um boicote ao estúdio norte-americano, motivado pelo primeiro beijo gay exibido em uma animação, o desenho Star vs. As forças do mal, do Disney Channel. Na cena, vários casais se beijavam durante um show – entre eles gays, héteros e idosos. “A safadeza da Disney em querer erotizar e ensinar homossexualismo a crianças chegou em seus desenhos”, escreveu Malafaia.

 

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.