Michel Temer nomeia indicado por Renan no CNJ
Além de Renan, que bateu de frente com juízes e procuradores no ano passado, Henrique de Almeida Ávila teve apoio do ministro do STF Gilmar Mendes
O advogado Henrique de Almeida Ávila, de 33 anos, foi nomeado nesta segunda-feira pelo presidente Michel Temer para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Apoiado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Ávila teve a indicação aprovada pelo plenário do Senado em novembro, na disputa com o advogado do Senado Otávio Orzari.
O CNJ tem como função fiscalizar a atuação do Judiciário. Um dos padrinhos de Ávila, Renan entrou em rota de colisão com juízes e procuradores no final do ano passado. O peemedebista é o autor do projeto lei que prevê o endurecimento de punições a magistrados e investigadores do Ministério Público por abuso de autoridade.
Professor da PUC-SP, Ávila é advogado do escritório do criminalista Sérgio Bermudes, onde também trabalha Guiomar Mendes, casada com o ministro do STF. Ele assume em razão da renúncia do conselheiro Fabiano Silveira, ex-ministro da Transparência do governo Temer. Na sabatina no Senado, Ávila disse que o combate à morosidade da Justiça deve ser um dos focos do CNJ.
Câmara
Em relação à vaga no CNJ correspondente à Câmara, a Casa indicou em dezembro Maria Tereza Uille, procuradora de Justiça aposentada, por 141 votos, superando outros seis candidatos. A indicação segue para análise dos senadores.
Integrante do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça, Maria Tereza Uille também foi apoiada por Gilmar Mendes. O CNJ tem 15 integrantes e é responsável por processos administrativos referentes aos juízes e à Justiça. É comandado pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
(Com Estadão Conteúdo)