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MG já contabiliza mais desabrigados pelas chuvas que no último ano

Seis pessoas perderam a vida nos últimos três meses. O solo encharcado e a continuidade das chuvas seguem causando estragos e transtornos em todo o estado

Por Da Redação Atualizado em 7 jan 2022, 21h55 - Publicado em 7 jan 2022, 21h49

Faltando ainda quase três meses para o fim do atual período chuvoso em Minas Gerais, o número de pessoas desabrigadas no estado já é mais de duas vezes superior ao total registrado em toda a estação chuvosa de 2020/2021.

Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, de 1º de outubro de 2021 até esta sexta-feira, 7, 3.185 pessoas tiveram que deixar suas casas e ir para abrigos públicos. Parte destas pessoas pode já ter retornado a suas residências. Mesmo assim, o número revela a gravidade da atual situação: em toda a temporada de chuvas anterior foram contabilizadas 1.608 pessoas desabrigadas.

O total de prefeituras mineiras que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública nesta temporada também é mais de duas vezes superior ao do período 2020/2021: 132 contra 58, respectivamente.

Além disso, as recentes chuvas e suas consequências (inundações, alagamentos, deslizamentos etc) já desalojaram a 13.350 pessoas que tiveram que se abrigar, temporariamente, nas casas de parentes, amigos, vizinhos ou em hospedagens particulares. Entre o início de novembro de 2020 e março de 2021, este número chegou a 14.598.

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Outra consequência da soma de fatores meteorológicos que tem potencializado as precipitações – e que pode ajudar a explicar o aumento dos números – é que, na atual temporada, as chuvas começaram a se intensificar em outubro de 2021. Em 2020, como de costume, isto só ocorreu a partir de novembro. Além disso, regiões mineiras onde não é comum chover tanto também estão sendo atingidas por tempestades.

“Em anos anteriores, as chuvas pareciam estar mais concentradas. Agora não. Várias regiões do estado estão sendo atingidas e as situações são muito distintas. Há locais onde as águas já abaixaram, permitindo às prefeituras limparem as ruas e algumas famílias retornarem a suas casas”, disse a tenente-coronel Gracielle Rodrigues Santos, da Defesa Civil estadual.

“As intempéries climáticas têm favorecido este quadro. Os efeitos do [fenômeno climático] La Niña e a Zona de Convergência do Atlântico Sul têm trazido muita umidade para Minas Gerais, afetando as médias históricas”, acrescentou a tenente-coronel antes de fazer um alerta: “Ainda vamos ter bastante chuvas pela frente”.

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Seis pessoas já perderam a vida nos últimos três meses. E o solo encharcado e a continuidade das chuvas em muitas localidades seguem causando estragos e transtornos em todo o estado. Esta manhã, parte de uma casa desabou no bairro Vila Leonina, em Belo Horizonte. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas e, provavelmente, o acidente tem relação direta com o volume de chuvas. Ainda na capital mineira, o telhado de um estacionamento desabou sobre os carros parados em um bairro Santa Efigênia na tarde desta quinta-feira (6). Um homem descansava no interior de um dos veículos atingidos, mas não foi sofreu ferimentos graves.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma frente fria vinda do litoral causará mais chuvas intermitentes em praticamente todo o estado, durante o fim de semana. Por isso, a Defesa Civil recomenda que as pessoas fiquem atentas a sinais como trinca ou rachaduras em paredes, pisos ou no solo; terrenos vertendo água; inclinação atípica e postes ou árvores; portas e janelas que tenham emperrado repentinamente.

Caso sejam surpreendidos pelas chuvas, as pessoas devem evitar áreas de inundação e procurar se proteger em local seguro, evitando se abrigar sob árvores ou próximo a estruturas metálicas. Para receber avisos da Defesa Civil, basta enviar uma mensagem de texto (SMS) por celular para o número 40199, informando o CEP da região sobre a qual quer ser informado das condições meteorológicas.

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Com Agência Brasil

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