Mensaleiro preso na operação Lava Jato deixa a cadeia
Prisão temporária de Enivaldo Quadrado, condenado por lavagem de dinheiro no processo do mensalão, venceu nesta quarta-feira. Ele estava na sede da PF em Curitiba
Por Daniel Haidar, de Curitiba
26 mar 2014, 15h58
Enivaldo Quadrado, sócio da corretora Bônus-Banval, depondo na CPMI dos Correios, no Senado Federal (Ana Araújo/VEJA)
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Preso na operação Lava Jato por envolvimento em operações de lavagem de dinheiro comandadas pelo doleiro Alberto Youssef, o empresário Enivaldo Quadrado – condenado pelo mesmo crime no processo do mensalão – foi solto na manhã desta quarta-feira – quando terminou o prazo da prisão temporária decretada pela Justiça. Ele estava detido na Superintendência da Polícia Federal no Paraná. Ao deixar a cadeia, disse apenas que “colaborou com as investigações” e que iria para casa.
Durante as investigações da operação Lava Jato, policiais constataram que Youssef era o verdadeiro dono da corretora Bônus-Banval, oficialmente registrada em nome de Quadrado. De acordo com as provas coletadas na investigação, Quadrado é, na verdade, um subordinado de Youssef.
Mensalão – Para a Justiça, as provas colhidas na operação mostram que Youssef teve envolvimento nas operações de lavagem de dinheiro do Partido Progressista (PP) no mensalão.
Entre os diversos elos identificados no inquérito entre Youssef e Quadrado, há a utilização pelo doleiro de um Porsche Cayenne, que estava registrado no nome da empresa Conseq Treinamento. A firma em questão é administrada por Quadrado. Também é mencionado um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em que consta um pagamento total de 22.433,38 reais a Quadrado, de março a maio de 2012, feito pela GFD Investimentos. Segundo a polícia, essa empresa foi usada por Youssef para pagar propina para Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
1/15 Apreensões da 9ª fase da Operação Lava Jato (Polícia Federal/Divulgação)
2/15 Apreensões da 9ª fase da Operação Lava Jato (Polícia Federal/Divulgação)
3/15 Apreensões da 9ª fase da Operação Lava Jato (Polícia Federal/Divulgação)
4/15 Durante a operação, foram apreendidos 518 relógios de luxo, 5 veículos de alto valor de mercado, grande quantidade de documentos e notas fiscais e 35 obras de arte. O valor das apreensões em dinheiro ainda não foi contabilizado (Polícia Federal/Divulgação)
5/15 Foram apreendidas 35 obras de arte durante a nona fase da operação Lava Jato, além de 518 relógios de luxo, 5 veículos de alto valor de mercado e grande quantidade de documentos e notas fiscais (Polícia Federal/Divulgação)
6/15 Foram apreendidas 35 obras de arte durante a nona fase da operação Lava Jato, além de 518 relógios de luxo, 5 veículos de alto valor de mercado e grande quantidade de documentos e notas fiscais (Polícia Federal/Divulgação)
7/15 Entre os bens apreendidos pela PF, está um Camaro Amarelo e mais cinco veículos de luxo (PF/VEJA)
8/15 Além dos automóveis, a PF também recolheu relógios, joias e outros artigos de alto padrão (Divulgação/Polícia Federal/VEJA)
9/15 Obras de arte também foram apreendidas com os procurados na operação Lava Jato (Divulgação/Polícia Federal/VEJA)
10/15 Investigados usavam uma rede de lavanderias e postos de combustível para lavar o dinheiro (Divulgação/VEJA)
11/15 Operação lacrou seis apartamentos do Hotel Blue Tree de Londrina, cujo dono era um dos líderes do grupo criminoso (PF/VEJA)
12/15 Polícia acredita que os integrantes do esquema tenham ligação com o tráfico de drogas internacional; uma arma foi apreendida com um dos detidos (Divulgação/Polícia Federal/VEJA)
13/15 PF estima que o grupo movimentou 10 bilhões de reais em esquema de lavagem de dinheiro (Divulgação/PR/VEJA)
14/15 Grandes quantias de dinheiro em moeda nacional e estrangeira foram encontradas durante a operação (Divulgação/PR/VEJA)
15/15 PF fez buscas em dezessete cidades de sete estados; operação foi coordenada pela superintendência do Paraná (Divulgação/PR/VEJA)
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