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‘Jogo da Asfixia’ mata menino de 13 anos em São Vicente (SP)

Gustavo Riveiros Detter se enforcou diante de outros três adolescentes que assistiram a tudo pela internet

Por Da redação
Atualizado em 17 out 2016, 16h37 - Publicado em 17 out 2016, 16h28

A morte de um adolescente neste fim de semana no litoral sul de São Paulo deixa em alerta pais e professores sobre uma perigosa brincadeira, disputada principalmente por meninos, transmitida em tempo real pela internet. É o Jogo do Enforcamento, Jogo da Asfixia ou Jogo do Desmaio (traduções para The Choking Game), no qual os participantes usam cordas, cintos, lenços ou qualquer outro objeto para cortar o suprimento de oxigênio ao cérebro, desmaiar e, na sequência, acordar em estado de euforia, semelhante ao efeito do uso de drogas.

“É um jogo antigo, muito conhecido no exterior. Até hoje, não havia nenhum registro de algo ligado a essa disputa na Baixada Santista”, disse nesta segunda-feira o delegado titular de São Vicente, Carlos Topfer Schneider, que comanda as investigações sobre o caso.

Gustavo Riveiros Detter, de 13 anos, morador de São Vicente, estava em casa, na noite do último sábado e enforcou-se no quarto do pai, com uma corda usada para pendurar um saco de areia para treino de boxe. Durante a transmissão online, três adolescentes que participavam do jogo perceberam que o menino não se mexia e alertaram uma prima, que estava no quarto ao lado. A menina encontrou o primo desacordado e chamou imediatamente o tio. De acordo com o delegado Carlos Scheiner, os três adolescentes já foram identificados.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado às 22h40, prestou os primeiros socorros e encaminhou Gustavo ao Hospital Municipal de São Vicente, onde ele permaneceu internado até as 5h30 de domingo, quando foi transferido para o Hospital Ana Costa, em Santos. O menino morreu por volta das 8 horas.

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Um tio do menino contou à imprensa que vasculhou mensagens no smartphone do sobrinho e também as conversas dele nas redes sociais. “Eles (os adolescentes) propõem a morte das pessoas como se isso fosse um desafio, uma brincadeira, para saber quem consegue resistir mais tempo ao ser estrangulado”, afirmou Marcos Riveiros. “Os meninos chegaram a dizer que ele ‘brincava mais uma vez de enforcamento’. Como assim, mais uma vez? Isso já aconteceu antes e não deu certo? Quantas tentativas foram feitas?”, comentou.

Gustavo Riveiros Detter foi sepultado no começo da tarde desta segunda-feira, no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos.

(Com Estadão Conteúdo)

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