Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Médica que negou socorro a bebê responderá por homicídio doloso

A Justiça também determinou a suspensão do exercício profissional de Haydée Marques da Silva, que será obrigada a comparecer mensalmente à Justiça

Por Da Redação
Atualizado em 17 jul 2017, 18h36 - Publicado em 14 jul 2017, 18h49

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou nesta sexta-feira a denúncia por homicídio doloso que o Ministério Público estadual apresentou contra a médica Haydée Marques da Silva, de 66 anos. Em 8 de junho, ela deixou de atender o bebê Breno Rodrigues Duarte da Silva, de 1 ano e 6 meses, que morreu horas depois.

Com a decisão do juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio, a médica será julgada pelo Tribunal do Júri e, se condenada, poderá receber pena de prisão de 8 a 26 anos. Além disso, o juiz também determinou a suspensão do exercício profissional da médica, que será obrigada a comparecer mensalmente em juízo, além de cumprir outras medidas cautelares.

Haydée terá de justificar suas atividades em juízo, entre os dias 1º e 10 de cada mês, e está proibida de se ausentar da comarca onde reside por mais de dez dias, sem prévia autorização judicial. Ela também não pode manter contato com as testemunhas e informantes arrolados na denúncia e terá informar à Justiça qualquer mudança de endereço. A médica terá a prisão preventiva decretada se descumprir qualquer uma destas regras.

Na denúncia, o Ministério Público acusa a médica de agir com dolo eventual (quando o autor assume o risco de produzir o resultado). Haydée estava de plantão quando foi chamada para atender o bebê na casa dele, na Barra da Tijuca, mas se recusou a prestar socorro. A criança, que sofria de doença neurológica e era acompanhada em casa por uma técnica de enfermagem, morreu enquanto aguardava o socorro, depois de aspirar o próprio vômito.

Após prestar depoimento à delegada Isabelle Conti, da 16ª DP (Barra da Tijuca), em 12 de junho, a médica afirmou que se recusou a atender Breno porque ele não corria riscos. “Fui atender um bebê que não corria risco de vida, que tinha um profissional de saúde em casa [a técnica de enfermagem do home care]. Quando há um código vermelho, que fala sobre risco de morte, eu atendo, mesmo não sendo pediatra. A classificação de risco neste caso era baixa. Me foi passado pela técnica que era uma gastroenterite, com neuropatia. Não estou arrependida porque não fiz nada de errado. Estou triste e muito abalada pela criança ter morrido. Não acho que tenha sido responsabilidade minha a morte”, disse Haydée na ocasião.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.