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Mário Peixoto pedirá acesso à investigação que mira Wilson Witzel

Principal fornecedor de mão-de-obra terceirizada no governo do Rio de Janeiro, empresário está preso em Bangu 8

Por Cássio Bruno 26 Maio 2020, 20h28

A defesa do empresário Mário Peixoto pedirá ao Superior Tribunal de Justiça (STF) nesta quarta-feira, 26, acesso às investigações da Operação Placebo. A ação teve como alvos principais o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e a primeira-dama Helena Witzel. Os advogados de Peixoto encaminharão a petição ao ministro-relator do caso Benedito Gonçalves, que autorizou hoje a Polícia Federal a cumprir 12 mandados de busca e apreensão. Eles querem saber detalhes do inquérito 1338 que apura, na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, fraudes e desvios nos gastos emergenciais na área da saúde do governo fluminense. Preso na Operação Favorito no último dia 14, Peixoto é um dos principais fornecedores de mão-de-obra terceirizada na gestão Witzel.

“Iremos requerer acesso aos autos da investigação que tramita no STJ para termos acesso à integralidade da investigação e, sendo necessário, restabelecermos a verdade dos fatos”, afirmou o advogado Afonso Destri. Na quinta-feira passada, o Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) negou liberdade a Mário Peixoto. A decisão foi do desembargador Abel Gomes. No pedido, o empresário argumentou que se enquadrava no grupo de risco para Covid-19. O magistrado, porém, discordou.

Mário Peixoto assinará nesta quarta-feira a procuração para que os advogados façam o requerimento ao STJ. VEJA apurou que o empresário está preso na Ala E do Complexo Penitenciário de Gerecinó (Bangu 8), na Zona Oeste. O local é onde ficam os presos da Lava-Jato. Com Peixoto, também estão o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Paulo Mello (MDB) e Luiz Roberto Martins, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador financeiro de Peixoto. Já na Ala A, ficam o ex-governador Sérgio Cabral e o seu ex-secretário Wilson Carlos.

A Operação Placebo foi solicitada pela PGR e autorizada pelo STJ. Em sua decisão, o ministro Benedito Gonçalves determinou o cumprimento mandados de busca e apreensão em residências e escritórios de membros do governo Witzel. Além da residência oficial do governador, o Palácio Laranjeiras, as ações ocorreram na antiga casa da família de Witzel, no bairro do Grajaú; no escritório de advocacia de sua mulher, Helena Witzel; na residência do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos; e no apartamento do ex-secretário estadual de Saúde, Gabriell Neves, que foi preso no dia 7 de maio, por suspeita de fraude na compra de respiradores. Os contratos emergenciais para o combate ao coronavírus no estado do Rio envolvem cerca de 1 bilhão de reais.

Na decisão, o ministro Benedito Gonçalves diz que “após narrativas das condutas dos investigados e das empresas contratadas, já dispostas no referido inquérito, o MPF imputa indícios de participação ativa do governador (Wilson Witzel) quanto ao conhecimento e ao comando das contratações realizadas com as empresas horas investigadas, mesmo sem ter assinado diretamente os documentos, vez que sempre divulgou todas as medidas em sua conta no Twitter”. O magistrado cita Mário Peixoto como envolvido no esquema criminoso, o que a defesa do empresário nega.

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