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Marinor Brito lidera protesta em Belém após perder vaga para Jader Barbalho

A senadora marcou manifestação para domingo; no gabinete de Gilvam Borges, que será substituído por João Caperibe, o clima é de fim de festa

Por Fernanda Nascimento
26 mar 2011, 11h23

O primeiro fim de semana após a decisão em que o Supremo Tribunal Federal (STF) jogou para 2012 a aplicação da Lei da Ficha Limpa será agitado em Belém. A senadora Marinor Brito (PSOL), uma das atingidas pelas novas regras, lidera um protesto no domingo contra o entendimento do STF, que liberou políticos com pendências judiciais a assumir cargos públicos. Finalizado na quarta-feira, o julgamento vai provocar uma dança das cadeiras no Congresso – políticos barrados pela nova lei estão liberados para assumirem os postos.

Marinor foi a quarta candidata mais votada em seu estado e só conquistou o cargo porque dois políticos à sua frente foram barrados pela Ficha Limpa. O segundo mais votado, Jader Barbalho (PMDB-PA), é quem vai herdar a cadeira de Marinor no Senado. “Não podemos ficar calados, vamos mostrar para o ministro que a traição à sociedade tem um custo político alto”, escreveu em seu blog nesta sexta-feira, em referência a Luiz Fux, que deu o voto de minerva no julgamento, finalizado na quarta-feira.

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Fim de festa – Já no gabinete de Gilvam Borges (PMDB-AP), também prejudicado pela mudança, o clima é de fim de festa. Na quinta-feira, os quadros foram retirados da parede e as gavetas, esvaziadas pelos funcionários. Ao falar aos assessores, o senador foi conciso e afirmou que “decisão do Supremo Tribunal Federal se cumpre”. Sua vaga agora pertence a João Capiberibe, do PSB.

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Outro político que deve deixar o cargo é Wilson Santiago (PMDB-PB), que dará lugar a Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). “Louvado seja Deus! Sem palavras para agradecer. (…) Saberei honrar esse mandato”, comemorou Cunha no Twitter depois da decisão.

Quem nem pensa em sair do gabinete é o senador Vicentinho Alves (PR-TO). Apesar de seu adversário do PMDB barrado pela Ficha Limpa, o candidato Marcelo Miranda, ter recebido mais votos no estado, ele não pode ser beneficiado pela mudança, no entendimento de Alves. “A decisão do STF não me afeta”, afirmou. “Mesmo se não existisse Ficha Limpa, ele não poderia ser eleito.”

Miranda teve o mandato de governador do Tocantins cassado em 2009. Pelas regras da Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90), que teve o texto alterado pela Lei da Ficha Limpa, o político não poderia assumir um cargo eletivo até 2012. Pela nova redação, a punição se estenderia até 2014. Miranda foi considerado inelegível pelo TSE, mas o caso está agora nas mãos do Supremo. “Como uma pessoa cassada por abuso de poder político e improbabilidade poderia se tornar senador meses depois?”, questiona Vicentinho.

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