Por AE
São Paulo – A propaganda apresentada pelo governo de São Paulo no lançamento da Nova Marginal, em 2009, indicava que a via não ganharia apenas pistas e pontes. Ela também ficaria mais arborizada e teria vasta vegetação nos canteiros entre as pistas. Bem diferente do cenário atual: até agora, mais de 15 mil árvores previstas na compensação ambiental ainda não foram plantadas e muitas das novas mudas são apenas galhos secos.
Ao todo, o governo do Estado deveria garantir o plantio de 83 mil mudas – ao longo da Marginal, nas áreas das subprefeituras cortadas pela via e também em uma estrada-parque nas várzeas do Tietê. O custo da compensação é de R$ 182 milhões. A Dersa, responsável pela obra, afirma que 67,5 mil já foram plantadas.
No entanto, mais ou menos 13 mil mudas morreram, o que representa quase 20%. Ao longo da via, nos canteiros, é possível ver muitas árvores que não vingaram. Essa situação é verificada desde o início da obra, em 2009, e ambientalistas chegaram a apontar que o plantio não estava respeitando a “cura” – período de um cuidado maior com as mudas para que vingassem.
A compensação ambiental é parte importante ainda das exigências feitas pelas autoridades ambientais para obras de grande porte. No caso da Marginal, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente é quem fez a avaliação do estudo e do relatório da Dersa e emitiu as exigências para a obtenção das licenças ambientais. A última é a licença de operação – teoricamente, um empreendimento não poderia começar a funcionar sem esse documento. A pasta informou que essa licença só será emitida após a conclusão das obras e atendimento de todas as exigências. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.