Maranhão confirma sete feridos em ataque a aldeia indígena
Informação de conselho indigenista era de que havia 13 feridos, entre os quais 2 índios com mãos decepadas. Governo diz que 3 pessoas seguem internadas
O governo do Maranhão informou no início da noite desta segunda-feira que o conflito entre moradores da região de Povoados das Bahias, na cidade de Viana (MA), e índios da etnia gamela deixou sete pessoas feridas – e não 13, conforme informação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
De acordo com o governo de Flávio Dino (PCdoB), que classificou o ataque como “lamentável violência”, “durante o confronto, sete pessoas ficaram feridas, sendo cinco gamelas e dois não-gamelas”.
Ao contrário da informação do Cimi, segundo o qual dois índios tiveram as mãos decepadas e outros cinco foram baleados, a nota oficial não cita este tipo de ferimento e diz apenas que “um dos gamelas teve fratura exposta nas mãos, foi operado e continua internado”. Dos sete feridos, segundo o governo maranhense, três seguem internados.
Ainda de acordo com o comunicado, “a Polícia Militar do Maranhão atuou imediatamente” após ter sido informada do conflito e evitou uma “tragédia”. Policiais permanecem no local do ataque com reforço no efetivo, diz o governo.
“A Secretaria de Estado de Segurança Pública já instaurou inquérito para investigar as condições em que o conflito ocorreu. Equipe da Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular também está sendo deslocada para a área em conflito”, diz a nota.
O governo do Maranhão afirma ter encaminhado ofício ao Ministério da Justiça, “pois compete ao Governo Federal definir se as terras em questão são indígenas ou não”.
O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, determinou o envio de uma equipe da Polícia Federal ao local com o objetivo de evitar mais conflitos. O governo federal também ofereceu apoio à Secretaria de Segurança Pública do Maranhão.