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Manifestantes que ocuparam Câmara são levados à PF

Por meio do porta-voz do Planalto, presidente Michel Temer falou em "afronta à instituição que representa a soberania popular"

Por Da Redação 16 nov 2016, 21h44

Os cerca de 40 manifestantes que invadiram a Câmara dos Deputados e ocuparam o plenário por algumas horas na tarde desta quarta-feira, forçando a suspensão dos trabalhos, foram conduzidos até a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e um inquérito será instaurado para apurar o ocorrido, informou a Polícia Federal.

Os manifestantes só deixaram o local depois que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que todos os invasores seriam presos e indiciados por quebra do patrimônio público.

O grupo, que disse não ter liderança e que cobrava a presença de um general, tem várias reivindicações, entre elas a intervenção militar no Brasil.

Após furar os bloqueios da polícia legislativa e quebrar uma das portas da Câmara, os manifestantes alcançaram a mesa diretora da Câmara por volta das 15h30. Devido à invasão, uma sessão conjunta do Congresso Nacional convocada para as 17h foi cancelada.

O presidente Michel Temer considerou a invasão “uma afronta à instituição que representa a soberania popular e um desrespeito às normas de convívio democrático”, afirmou o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola.

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“Episódios como o de hoje são inaceitáveis e serão combatidos, à luz da Lei, e em defesa da garantia de integridade da cada uma das instituições do Estado”, acrescentou.

A invasão ocorreu no momento em que deputados discursavam no plenário enquanto aguardavam quórum para o início de uma sessão extraordinária da Câmara. Imagens da TV Câmara mostraram manifestantes entrando em confronto com seguranças dentro da Câmara, e também ocupando o local destinado aos parlamentares.

A sessão da Câmara foi retomada por volta das 18h30, depois que todos os invasores deixaram o local. Segundo o presidente da Câmara, “todos aqueles que cometerem crimes aqui hoje foram presos”.

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“Não vamos aceitar esse tipo de abuso, de agressão, ao Parlamento brasileiro. Não há negociação, não haverá negociação,há que se cumprir a lei. A polícia legislativa vai prender todos”, afirmou Maia a repórteres antes da desocupação do plenário.

O primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), confirmou que o movimento tinha diversas demandas. “Eles querem tudo: o fim do desemprego; a saída do Temer; a restauração do Regime Militar; uma série de coisas que, na democracia, é impossível”, afirmou o parlamentar.

De acordo com o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), que estava no plenário da Casa no momento da invasão, houve agressões dos invasores a assessores de partidos, segundo a agência. “É preocupante e serve de alerta. Estamos voltando à era dos extremos”, disse.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) declarou em vídeo publicado no Twitter que os parlamentares estavam tranquilos apesar do protesto, e que estava disposto a conversar com o grupo de invasores. “Ao que parece nem todos pedem intervenção militar”, afirmou.

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(com Reuters)

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