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Manaus decreta emergência por chegada de índios venezuelanos

Fugindo da crise econômica da Venezuela, cerca de 400 indígenas da etnia warao imigraram para Manaus nos últimos meses

Por Da redação
Atualizado em 9 Maio 2017, 09h51 - Publicado em 8 Maio 2017, 18h58

A prefeitura de Manaus decretou estado de emergência e pediu ajuda ao governo federal por causa da chegada em massa de indígenas de origem venezuelana à capital do Amazonas nos últimos meses. O decreto foi publicado na última quinta-feira no Diário Oficial.

Segundo a prefeitura, cerca de 400 índios da etnia warao imigraram para Manaus desde dezembro do ano passado e se alojaram em condições precárias nas proximidades da rodoviária da cidade. Logo que chegaram, o grupo sofreu com surtos de catapora e tuberculose.

No decreto, a gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) escreveu que tomou a medida devido à possibilidade de disseminação de doenças oportunistas entre os imigrantes e os nativos e a “carência de habilidades profissionais e diversidade linguística dos indígenas que os levam ao estado de prostração e mendicância”, conforme o texto. 

“Considerando o agravamento da situação no Município de Manaus, ante ao inesperado e rápido aumento do número de imigrantes que chegaram ao município, triplicando o contingente de estrangeiros, sem que possuam meios e condições para sua manutenção”, diz o texto em uma das justificativas.

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O estado de emergência é um instrumento usado pelos poderes municipal ou estadual para definirem um regime especial de normas em casos de desastre. O prefeito de Manaus, por exemplo, dispensou a necessidade de licitação para contratar serviços que atendam aos indígenas. 

A medida prevê que a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) priorize as ações de emergência em prol dos imigrantes, como a vacinação e o atendimento médico. “O que nós queremos verdadeiramente é a inclusão do governo federal e do governo do Amazonas nas ações que tem como objetivo dar uma solução a curto prazo para o drama dos venezuelanos indígenas”, disse o titular da secretaria, Elias Emanuel

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A Venezuela vive uma crise política e econômica que tem levado a população do país a buscar melhores condições de vida no Brasil. A principal porta de entrada é o município de Pacaraima, em Roraima, que faz fronteira com o município venezuelano de Santa Elena do Uiarén.

“Um chamariz para esse grupo é a supervalorização do real frente ao bolívar venezuelano. Com um real é possível trocar por mil bolívares na fronteira. Portanto, qualquer arrecadação feita aqui, eles são capazes de potencializar financeiramente no retorno à Venezuela”, disse o secretário municipal.

Índios venezuelanos da etnia Warao em Manaus
Índios venezuelanos da etnia warao acampados em frente à rodoviária de Manaus (AM) – 08/05/2017 (Edmar Barros/Futura Press/Folhapress)

(Com agência Brasil) 

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