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Mais um PM é preso por envolvimento na chacina de Osasco

Ele é o oitavo suspeito preso pela série de ataques que deixou dezenove mortos em 13 de agosto; seu nome não foi divulgado

Por Da Redação
10 nov 2015, 08h23

O juiz Dalton Abranches Safi, do Tribunal de Justiça Militar, decretou a prisão preventiva de um cabo da Polícia Militar acusado de participar da maior chacina da história do Estado, que deixou 19 mortos e 5 feridos, em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, em 13 de agosto. Ele é o oitavo suspeito preso pela força-tarefa montada pela Secretaria da Segurança Pública para investigar o crime. O policial, que não teve o nome revelado porque o caso corre em sigilo de Justiça, foi preso no último sábado, mas a informação só foi divulgada nesta terça-feira.

Os investigadores chegaram até o suspeito após cruzar os dados da quebra de sigilo telefônico dos outros cinco PMs e de um guarda-civil municipal que foram presos no começo do mês passado. Há indícios de que eles se comunicaram antes, durante e depois da série de assassinatos.

Um acordo de delação premiada – quando o acusado confessa os crimes e entrega os comparsas em troca de uma eventual redução de pena e outros benefícios – foi oferecido aos presos. Por enquanto, nenhum deles aceitou.

Para a Corregedoria da Polícia Militar, policiais que atuam em Osasco e guardas-civis de Barueri se uniram para vingar o assassinato de colegas: o soldado Avenilson Pereira de Oliveira e o guarda Jeferson Rodrigues da Silva, mortos em assaltos dias antes da série de ataques.

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Segundo a força-tarefa, os suspeitos podem estar envolvidos em 23 assassinatos e sete tentativas de homicídio, todos registrados entre 8 e 13 de agosto. Os primeiros quatro homicídios teriam acontecido por causa da morte do PM. Depois do assassinato do guarda, vieram os crimes em série.

Os investigadores garantem que têm um conjunto de provas que ligam todos os acusados à chacina. Nas casas dos suspeitos, foram apreendidas munições e armas compatíveis com aquelas encontradas nos locais dos assassinatos, além de toucas ninja, celulares e computadores.

O primeiro policial preso durante a investigação foi o soldado Fabrício Emmanuel Eleutério, que atuou em Osasco e estava cumprindo serviços burocráticos nas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) quando foi preso, dias depois da chacina. Uma testemunha que sobreviveu ao ataque reconheceu o policial por foto e pessoalmente. O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, acompanhou o reconhecimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

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A advogada de Eleutério, Flávia Artilheiro, afirmou que seu cliente é inocente. Segundo ela, há provas – principalmente conversas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp – que mostram que o policial estava em casa na hora dos crimes.

Os outros cinco PMs e o guarda-civil foram detidos, em 8 de outubro, durante uma megaoperação. Outros dois policiais também foram presos porque guardavam arma e munições irregulares em casa.

O secretário da Segurança nega a existência de grupos criminosos dentro da PM. Segundo Moraes, “existem pessoas que matam”. Porém, um relatório da Corregedoria da PM sobre uma chacina ocorrida em Carapicuíba, na Grande São Paulo, em setembro, concluiu que existe uma organização criminosa montada dentro da corporação que vem praticando vários crimes na região. Quatro rapazes que trabalhavam como entregadores de pizza morreram e quatro PMs estão presos por suspeita de participação nesse crime.

O documento diz que “há elementos nestes autos que denotam unidade de desígnios dos militares em serviço com o militar do Estado de folga para a prática dos homicídios”.

(Com Estadão Conteúdo)

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