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Máfia da merenda movimentou R$ 2 mi em propina, estima MP

Presos na Operação Alba Branca estão sendo ouvidos nesta semana; investigadores apontam que as fraudes podem chegar a 20 milhões de reais

Por Da Redação
31 mar 2016, 10h16

A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo estão trabalhando com a possibilidade de que as fraudes em contratos com prefeituras paulistas envolvendo a máfia da merenda escolar chegue a 20 milhões de reais, sendo 2 milhões de reais desse valor referentes a propinas.

Nesta quarta-feira, o servidor público estadual Carlos Eduardo da Silva foi ouvido pelos investigadores. Silva e outras sete pessoas foram presas nesta terça-feira em um desdobramento da Operação Alba Branca. Ele é ex-diretor da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), envolvida no escândalo. Sua função no grupo era encaminhar pedidos de liberação de verbas federais e estaduais para a cooperativa que, segundo a investigação, seria apenas fachada para encobrir as atividades ilícitas.

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A defesa de Silva negocia acordo de delação premiada, mas, segundo o promotor Leonardo Romanelli, isso vai depender do quanto ele está disposto a colaborar. A todos os presos foi oferecido o acordo de delação premiada. Segundo o apurado até agora, a Coaf fazia contato com lobistas que combinavam com as prefeituras a fraude nos contratos da merenda. A polícia não descarta pedir a prorrogação da prisão dos envolvidos, que inicialmente é de cinco dias.

O ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Leonel Julio, de 81 anos, também deve depor. Integrante do antigo MDB, o ex-deputado dirigiu a Casa em 1976, quando foi cassado pelo regime militar. O filho do ex-presidente, Marcel Julio, que está foragido, negocia se apresentar nesta semana.

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Todos os presos nesta terça-feira estão distribuídos em diferentes cadeias da região ou separados por celas diferentes, para que não tenham contato entre si. Entre os documentos apreendidos pelo Operação, há um que relaciona valores que podem ser de propinas a setenta prefeituras.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu as investigações nesta quarta-feira, durante visita a Araraquara. “Eles faziam o estelionato. O produto que entregavam não era da agricultura familiar”, afirmou o governador, se referindo à Coaf. Sobre a possibilidade de envolvimento de agentes públicos estaduais no caso, Alckmin disse que o episódio foi descoberto pelo governo. “Isso foi descoberto pelo governo, pela polícia. E é rigor absoluto.”

A investigação aponta para o suposto envolvimento do atual presidente da Alesp, deputado Fernando Capez (PSDB), do ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin Luiz Roberto dos Santos, o Moita, e de outros parlamentares no esquema.

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(Com Estadão Conteúdo)

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