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Mãe diz que filha foi expulsa de escola no Ceará por ser trans

No Facebook, Mara Beatriz disse que diretores recomendaram que ela procurasse uma instituição que atendesse 'as necessidades' de Lara, de 13 anos

Por Da Redação
23 nov 2017, 11h24

Uma mulher de Fortaleza escreveu nesta quarta-feira, 21, no Facebook que a filha dela, Lara, de 13 anos, foi expulsa da Escola Estudar Sesc por ela ser transgênero. No post, que até o fechamento desta reportagem tinha mais de 37 mil compartilhamentos, Mara Beatriz também convoca as pessoas para um protesto contra a conduta do Sesc, classificada por ela como “prática transfóbica”. O ato foi marcado para esta quinta-feira.

“Venho repudiar a atitude da Escola Educar Sesc, que hoje expulsou minha filha trans de 13 anos, que estuda lá desde os dois anos de idade, numa clara prática transfóbica”, escreveu a mãe. “Hoje, no cúmulo da transfobia, me chamaram para uma reunião e ‘recomendaram’ que nossa família procure outra escola, que possa atender as necessidades dela”.

Segundo Maria Beatriz, na reunião, diretores da escola admitiram que a filha era uma ótima aluna, mas negaram fazer a matrícula dela para 2018. Maria Beatriz escreveu que chegou a questionar a decisão e foi interrompida na sequência. “Simplesmente a expulsaram, a enxotaram. E quanto questionei, nos escorraçaram: ‘os acompanhem, já terminamos a reunião’”, relatou a mãe da aluna. “Lara e nós, pais, nunca nos sentimos tão constrangidos, humilhados, diminuídos, desrespeitados”.

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Mara Beatriz disse que fez BO na Delegacia de Combate a Exploração da Criança e Adolescente (Dececa), de Fortaleza. Em tom de frustração, a mãe escreveu que não esperava isso da escola. “O que justifica a expulsão de uma aluna com um histórico exemplar senão a transfobia?”, afirmou Mara Beatriz.

Em nota, a Escola Educar Sesc, ligada o Sistema Fecomércio, pediu desculpas à família e informou que a direção determinou providências imediatas para o acolhimento da aluna. “O Sistema Fecomércio e a Escola Educar Sesc lamentam profundamente que qualquer atitude, fruto de preconceito ou desconhecimento, tenha causado sofrimento à família da Lara”, diz o texto.

“A direção do Sistema determinou imediata apuração e tomada de providências para o acolhimento da aluna, bem como a adoção de protocolos para que fatos semelhantes não voltem a acontecer. À família, nosso sincero pedido de desculpas”.

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