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Mãe de menino que caiu do 26º andar deve ser indiciada por homicídio culposo

Tragédia aconteceu na noite de quarta-feira, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A criança de 5 anos estava sozinha em casa

Por Da Redação
18 set 2015, 11h46

A farmacêutica Juliana Souza Storto, de 33 anos, mãe do menino de 5 anos que morreu ao cair do 26º andar de um prédio, pode ser indiciada por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar, segundo o delegado Gilson Leite Campinas, do 1º Distrito Policial de Taboão, reponsável por investigar o caso. A tragédia aconteceu no fim da noite de quarta-feira em Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo. A mãe deixou o filho, Gustavo Storto, dormindo sozinho em casa para ir buscar o namorado na estação Morumbi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

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“Até o momento, o que nós temos é que, matematicamente, a mãe se ausentou e retornou quando a criança já havia caído”, disse o delegado. “O mais provável é que Juliana seja indiciada por homicídio culposo porque, caso estivesse no apartamento, Gabriel não teria morrido”. Ela, no entanto, deve receber perdão da Justiça, já que, em casos semelhantes, a perda do filho é considerada a pior pena possível.

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Conforme mostram as imagens das câmeras de segurança do edifício, Juliana ficou das 22h54 à meia-noite fora de casa naquela noite. Ao todo, foram 24 quilômetros percorridos. Segundo a Polícia Civil, a demora explica-se porque o casal parou em uma lanchonete no meio do caminho.”Eles estiveram em outro lugar. Foram até um Subway para comprar lanche, o que explica a demora um pouco maior”, afirmou Campinas.

Nesse período, Gabriel ficou trancado sozinho no apartamento que fica na cobertura do prédio, no 26º andar. Como não há sinais de arrombamento no local, a principal hipótese das investigações é que o garoto tenha acordado, acendido todas as luzes, calçado sapatos, apanhado uma mochila e procurado uma saída. A janela do banheiro era a única sem tela de segurança.

O corpo do garoto caiu no estacionamento do prédio, minutos antes da chegada do casal. Próximo à janela do banheiro, os peritos encontraram duas cadeiras: uma delas infantil, sobreposta a outra de ferro. A suspeita é que Gabriel tenha arrastado a maior e equilibrado a menor sobre ela. Por enquanto, diz o delegado, a única certeza é que a Juliana e o namorado não estavam no apartamento no momento do incidente.

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Ao longo do dia, a polícia ouviu vizinhos, funcionários do prédio e familiares da criança. “Tudo indica que ela [Juliana] era uma boa mãe. E, às vezes, por um ato impensado de uma hora, acaba com a própria vida”, afirmou Campinas. “Todas as pessoas ouvidas foram categóricas em afirmar que ela era uma mãe presente.” Apesar dos primeiros depoimentos, a Polícia Civil pretende ainda traçar um quadro social do garoto, com mais informações sobre suas relações na família e na escola.

Gilson Campinas afirma que ainda não há nenhum relato de testemunhas sobre possíveis negligências anteriores cometidas pela mãe. Também de acordo com as informações colhidas até o momento, a recente separação entre os pais de Gabriel foi, nas palavras do delegado, “sem qualquer conotação de briga”.

O advogado Carlos Vadalá, que representa a farmacêutica, afirmou que ela não poderia imaginar o acidente com o filho e que foi a primeira vez que ela havia o deixado só no apartamento. “Ela já está cumprindo a pena dela, que é perder o filho”, disse.

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(Com Estadão Conteúdo)

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