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Mãe de dançarino morto no Rio acusa policiais militares

Maria de Fátima Silva afirma que PMs lavaram local onde corpo foi encontrado. Laudo aponta disparo de arma de fogo como causa da morte

Por Da Redação
23 abr 2014, 14h59

A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima Silva, de 56 anos, mãe do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 26 anos, o DG, prestou depoimento na tarde desta quarta-feira na 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema). Antes de falar à Polícia Civil, afirmou ter “certeza” de que o filho, que era dançarino do programa Esquenta, da Rede Globo, foi torturado e morto por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho. “A UPP é um farsa, uma mentira. Meu filho não morreu de queda. Tenho certeza que (os policiais) torturaram e mataram meu filho. A morte dele não vai ficar por isso mesmo, vou processar o Estado”, disse.

Maria de Fátima disse ainda que quando Douglas foi encontrado no pátio de uma creche no alto da favela seu corpo e seus documentos estavam molhados. “Não choveu entre a noite de segunda e a madrugada de ontem (terça, quando o crime teria acontecido). Meu filho teve afundamento na cabeça, um corte no supercílio e está com o nariz machucado, com uma mancha roxa”, contou.

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O enterro de DG está previsto para as 15h desta quinta-feira, no cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul. “Quero que ele seja enterrado sem maquiagem para que todos vejam o que fizeram com meu filho”, disse Maria de Fátima.

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A auxiliar de enfermagem mostrou o laudo preliminar que atestou que a causa da morte do dançarino foi “hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax devido ou como consequência de ação pérfuro-contundente”. O laudo definitivo deverá sair em até 30 dias. “Se esse laudo não apontar exatamente o que aconteceu com meu filho, eu mando desenterrá-lo e fazer outro laudo”.

Segundo Maria de Fátima, moradores do Pavão-Pavãozinho contaram terem visto policiais militares usando luvas cirúrgicas. Para ela, a cena do crime foi desfeita propositalmente para dificultar as investigações. “Lavaram a cena do crime. Eu fui militar e sei disso. Tem sangue na parede. Além disso, a ex-namorada dele, mãe de sua filha, disse que ele estava em posição de defesa quando foi encontrado. E para que os PMs estavam de luva cirúrgica? Desde quando PM é perito?”, acusou.

A mãe de Douglas contou que seu filho tinha uma rixa com policiais da UPP desde 2011, quando estava de moto e foi parado em um blitz. “Quando foi parado, ele respondeu mal a um policial. Por isso, foi levado à sede da UPP, ficou sentado lá dentro e me ligaram. Depois que meu filho foi liberado, o tanque da moto dele estava cheio de areia e tivemos que arrastá-la. A moto foi um presente meu para ele”, contou.

(Com Estadão Conteúdo)

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