A capital maranhense voltou a ser alvo de ataques de facções criminosas a ônibus, viaturas e carros particulares nos últimos três dias. A Polícia Civil suspeita que a ordem das ações tenha partido de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o maior do Maranhão. A ofensiva seria uma reação à transferência de presos e ao recrudescimento das medidas de segurança do presídio após as fugas em série ocorridas nas últimas semanas. Ao menos dezessete veículos foram incendiados. A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou nesta segunda-feira que treze pessoas foram presas e cinco adolescentes foram apreendidos.
Em janeiro deste ano, uma onda de ataques a ônibus resultou na morte da menina Ana Clara Souza, de seis anos – ela teve 95% do corpo queimado após criminosos atearem fogo em um ônibus, que transportava ela, a irmã e a mãe. Na ocasião, as ações foram coordenadas por presos de Pedrinhas em represália à presença da Tropa de Choque da Polícia Militar na penitenciária.
Os ataques começaram neste sábado, quando quatro ônibus e um miniônibus foram invadidos por quatro homens armados. Eles assaltaram os passageiros, esvaziaram o veículo e depois o incendiaram. Por causa da sensação de insegurança, o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão decidiu paralisar a circulação no dia. No domingo, mais ônibus foram queimados. E na madrugada desta segunda-feira, ocorreu o ataque mais ousado dos criminosos: atearam fogo em carros estacionados em uma concessionária e na garagem da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
O presídio do horror virou símbolo da crise penitenciária no Maranhão no inídio deste ano, quando vídeos publicados na internet mostraram presos sendo decapitados e esquartejados no local. Desde o início do ano, ao menos dezessete detentos foram assassinados na penitenciária e foram registrados mais de dez casos de fugas – no último, treze presos escaparam por um túnel escavado em uma cela. Nesse mês, o diretor de uma das oito unidades do complexo foi preso por liberar presos em troca de dinheiro.
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Na última semana, as denúncias de corrupção contra o diretor e as fugas em massa derrubaram o secretário de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão (Sejap), Sebastião Uchôa. Em seu lugar, entrou o secretário interino Marcos Affonso Júnior.
Em nota, a Secretaria de Segurança informou que o policiamento foi reforçado e que todas as medidas de segurança foram tomadas para garantir a segurança da população.
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