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Lewandowski cogita reforço na segurança dos juízes eleitorais

Presidente do TSE visita o desembargador baleado em Sergipe e garante que todas as linhas de investigação serão seguidas

Por Da Redação
18 ago 2010, 21h42

Lewandowski não descartou a possibilidade de reforçar a segurança dos membros dos TREs no período eleitoral

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, disse nesta quarta-feira em Aracaju que todas as linhas investigativas para apurar o atentado contra o presidente do Tribunal Regional Eleitoral em Sergipe (TRE-SE), Luiz Mendonça, serão seguidas. “Não estamos excluindo nenhuma hipótese para o crime. Ele atuou em cargos diferentes e com casos complicados. Estamos tomando todas as providências. Conversei com o ministro da Justiça e com o diretor-geral interino da Polícia Federal pedindo rigor nas investigações”, disse o ministro.

Lewandoswki disse que o fato teve grande repercussão no País. Assim que chegou a Aracaju, o ministro seguiu para o Hospital São Lucas, onde Luiz Mendonça está internado, para visitá-lo. Ele acrescentou que a segurança da família do desembargador foi reforçada. O presidente do TSE disse que o atentado foi um caso isolado e ressaltou que o processo eleitoral em Sergipe não terá impacto. “O TRE está preparado. Está tudo sob controle. As Polícias Civil e Federal do Estado têm todas as condições de promover a segurança, mas, se possível, enviaremos reforços. Com certeza isso não voltará a acontecer”, disse.

O ministro não descartou a possibilidade de reforçar a segurança dos membros dos TREs no período eleitoral. “Nós vamos, sem dúvida nenhuma, cogitar de reforçar a segurança dos juízes eleitorais, não apenas dos presidentes, mas todos que atuam no processo eleitoral, sobretudo naquelas áreas onde haja o risco maior da segurança física dos magistrados”. Após conversar com o desembargador que sofreu o atentado, o presidente do TSE ainda comentou que o carro em que a vítima estava não era blindado e ficou totalmente perfurado: “O nosso presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe escapou por um milagre”. Lewandowski teve uma conversa reservada com o secretário de Segurança Pública, João Eloy de Menezes, e com o superintendente interino da Polícia Federal, Sidney Átis, e retornou para Brasília logo após os encontros.

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Crime – O desembargador Luiz Mendonça foi atingido por um tiro disparado por homens encapuzados que abordaram seu carro, dirigido pelo policial militar Jailton Batista Pereira, na manhã desta quarta-feira, em Aracaju (SE). O presidente do TRE-SE foi levado para um hospital da cidade e já passa bem. O motorista, também ferido, permanece internado.

Em entrevista à imprensa, o governador de Sergipe, Marcelo Déda, afirmou que o caso não tem motivação eleitoral ou política. Ele disse existir a hipótese de que criminosos presos na época em que Luiz Mendonça era secretário de Segurança Pública do estado sejam os autores do atentado. Um dos suspeitos é Floro Calheiros, foragido há dois anos após ser acusado de roubos de urnas em uma eleição municipal na década de 90.

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, determinou que a Polícia Federal participe das investigações sobre o atentado. Em coletiva à imprensa, Lewandowski garantiu que “todas as providências estão sendo tomadas para esclarecer o mais rapidamente este caso” e que “todas as forças de segurança do país e do estado estão mobilizadas” para esclarecê-lo.

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Repercussão – O atentado contra o presidente do TRE-SE causou perplexidade entre membros do judiciário e da advocacia brasileiros. Diversas entidades divulgaram notas se solidarizando com as vítimas e seus familiares e cobrando investigação ágil sobre o caso.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, afirmou que esse tipo de violência “surpreende, estarrece e indigna a advocacia”. Em nota, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Magistrados de Sergipe (Amase) repudiaram o crime e manifestaram que “envidarão todos os esforços no sentido de exigir e auxiliar os órgãos competentes na elucidação dos fatos e responsabilização dos culpados”.

A nota da Associação Sergipana do Ministério Público (ASMP) fala em “perplexidade, angústia e comoção com essa terrível tragédia”. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, também se manifestou por meio de nota oficial, na qual afirma acreditar “na rápida apuração da autoria dos crimes pelas autoridades de segurança pública de Sergipe” e pediu que “redobrem a atenção quanto à proteção da integridade física dos magistrados e das demais autoridades públicas, sobretudo daquelas envolvidas no processo eleitoral em curso no País”.

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(Com Agência Estado)

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