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Lava Jato em 2016: recorde de fases e peixes grandes como alvo

Investigação do maior escândalo de corrupção da história do país bateu seu recorde de etapas neste ano - e chegou a peixes grandes da classe política

Por Da Redação Atualizado em 12 dez 2016, 17h22 - Publicado em 12 dez 2016, 17h20

A Operação Lava Jato pisou no acelerador em 2016. Foi neste ano que a investigação do maior escândalo de corrupção da história do país chegou a seu recorde em número de etapas: 16. Em 2014, quando a operação nasceu, foram sete fases; em 2015, ano em que ganhou corpo, foram 14.

Depois de levar operadores financeiros, lobistas, ex-diretores da Petrobras, empreiteiros e alguns ex-parlamentares à cadeia nos dois últimos anos, a Lava Jato avançou sobre peixes grandes da classe política em 2016.

Alguns dos protagonistas das 45 prisões temporárias e 25 prisões preventivas na operação em 2016 foram, nesta ordem, João Santana, marqueteiro das últimas três campanhas presidenciais do PT, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, o ex-senador Gim Argello, os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

Foi em 2016 que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu virem à tona e se avolumarem evidências de suas lucrativas e fraternas relações com empreiteiras e seus donos. Lula foi uma das 103 pessoas conduzidas coercitivamente a depor diante dos procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal neste ano e se despede de 2016 respondendo a três ações penais.

Relembre, nesta retrospectiva, todas as fases da Operação Lava Jato e seus principais alvos em 2016:

22ª fase, Triplo X (27/01/2016)

Tríplex Lula no Guarujá
Fachada do Condomínio Solaris, na praia das Astúrias, no Guarujá (SP) (Nelson Almeida/AFP)

O nome da 22ª fase da Lava Jato é uma alusão ao tríplex reservado para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no condomínio Solaris, construído pela OAS no Guarujá (SP). A cobertura destinada ao petista, número 164-A, foi luxuosamente reformada e mobiliada pela empreiteira, que, segundo os investigadores da Lava Jato, usou o edifício para pagar propina e lavar dinheiro. A investigação foi além do tríplex de Lula. A força-tarefa da Lava Jato apurou a titularidade de pelo menos dez imóveis do Solaris em nome da OAS e um registrado no nome de uma offshore, sob a mesma suspeita: ocultação de patrimônio.

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23ª fase, Acarajé (22/02/2016)

Monica Moura e João Santana foram encaminhados ao IML de Curitiba para passarem por exame de corpo de delito
João Santana e Mônica Moura, presos na Operação Lava Jato (Vagner Rosário/VEJA.com/VEJA.com)

O dia em que a Lava Jato alcançou o mago das últimas três campanhas vitoriosas do PT à presidência da República, João Santana. Os investigadores descobriram depósitos da empreiteira Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, de Singapura, em uma conta não declarada mantida na Suíça por Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura. Os pagamentos, num total de 7,5 milhões de dólares, foram feitos até o final do ano de 2014, ou seja, na época em que o publicitário dirigia a campanha à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff. “Acarajé”, o quitute baiano que batiza a operação, era como a propina era tratada na contabilidade paralela da Odebrecht.

 

24ª fase, Aletheia (04/03/2016)

CONDUZIDO - Por segurança, a força-tarefa da Lava-Jato ouviu o depoimento de Lula no Aeroporto de Congonhas
CONDUZIDO – Por segurança, a força-tarefa da Lava-Jato ouviu o depoimento de Lula no Aeroporto de Congonhas (MARCOS BIZZOTTO/Estadão Conteúdo)

O ex-presidente Lula foi o principal alvo da 24ª fase da Lava Jato, chamada “Aletheia”, “verdade”, em tradução do grego. A Polícia Federal bateu à porta do apartamento do petista, em São Bernardo do Campo (SP), e o obrigou a depor no Aeroporto de Congonhas por três horas e quarenta minutos. Os investigadores queriam esclarecer os favores e milhões de reais que o petista recebeu de empreiteiras enroladas no petrolão. Entraram na mira dos investigadores o tríplex no Guarujá, que a OAS reformou e mobiliou; o sítio em Atibaia, também equipado e reformado para uso de Lula; os 10 milhões de reais que empreiteiras pagaram à LILS, empresa de palestras do ex-presidente; e os 20,7 milhões de reais repassados por elas ao Instituto Lula.

 

25ª fase, Polimento (25/03/2016)

Raul Schmidt foi preso suspeito de envolvimento em pagamento de propinas
Raul Schmidt foi preso suspeito de envolvimento em pagamento de propinas (VEJA.com/Reprodução)

Atendendo a um pedido da Justiça brasileira, a Polícia Judiciária e o Ministério Público de Portugal cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão preventiva de Raul Schimdt Felippe Júnior, em Lisboa. Investigado por pagamento de propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró, Felippe tem nacionalidade portuguesa e vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte. Ele estava foragido desde junho de 2015, quando passou a ser procurado pela Interpol.

 

26ª fase, Xepa (22/03/2016)

Maria Lúcia Guimarães Tavares, funcionária da Odebrecht, presa na 23ª fase da Operação Lava Jato, no IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba, no Paraná, para exame de corpo de delito, nesta quarta-feira (24)
Maria Lúcia Guimarães Tavares, funcionária da Odebrecht, presa na 23ª fase da Operação Lava Jato (Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress)

A 26ª fase da Lava Jato, um prolongamento das investigações da Operação Acarajé, escancarou o organizado sistema de pagamento de propina instalado na Odebrecht: a empreiteira contava com um departamento exclusivo para pagamentos ilícitos, eufemisticamente batizado de “Setor de Operações Estruturadas”. Em depoimento prestado em acordo de delação premiada, a secretária Maria Lúcia Tavares revelou que todos os pagamentos paralelos deviam constar no sistema MyWebDay, uma espécie de “intranet da propina” da Odebrecht. O sistema era de tal maneira organizado que altos executivos da empresa eram os responsáveis por liberar os pagamentos ilícitos.

 

27ª fase, Carbono 14 (01/04/2016)

Ronan Maria Pinto (terno preto) e Silvio Pereira (camisa branca), presos durante a 27ª fase da Operação Lava Jato
Ronan Maria Pinto e Silvio Pereira (camisa branca), presos durante a 27ª fase da Operação Lava Jato (Rodrigo Félix Leal/Futura Press)

Batizada com referência ao material usado para datar fósseis, a 27ª fase da Lava Jato trouxe de volta o fantasma do assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel. O foco da operação foi o empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais concedido pelo Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai. Metade do valor foi entregue ao empresário Ronan Maria Pinto, que teria chantageado o ex-presidente Lula e outros petistas de alto escalão para não envolver seus nomes na morte de Daniel. Além de Ronan, foi preso o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o jornalista Breno Altman foram conduzidos coercitivamente. Ronan, Delúbio e Silvio Pereira são réus na Lava Jato.

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28ª fase, Vitória de Pirro (12/04/2016)

Gim Argello é escoltado por policiais federais em Curitiba
Gim Argello é escoltado por policiais federais em Curitiba (Rodolfo Buhrer/Reuters/Reuters)

A 28ª fase da Lava Jato levou à cadeia o ex-senador Gim Argello (ex-PTB-DF), sob suspeita de ter trocado por propina a obstrução dos trabalhos da CPI mista da Petrobras no Congresso. Argello, que foi vice-presidente da CPMI, recebeu o dinheiro sujo das empreiteiras UTC, OAS e Toyo Setal por meio de doações oficiais de campanha e até mesmo em repasses a uma paróquia do Distrito Federal frequentada pelo ex-petebista. Ele acabou condenado pelo juiz federal Sergio Moro a 19 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa.

 

29ª fase, Repescagem (23/05/2016)

João Claudio Genú
João Claudio Genu, condenado no mensalão e na Lava Jato (Sérgio Lima/Folhapress/Folhapress)

Ex-tesoureiro do PP e ex-assessor do falecido deputado José Janene (PP-PR), um dos artífices do petrolão, João Cláudio Genu foi o principal alvo da 29ª fase da Operação Lava Jato. Já condenado a 7 anos e 3 meses de prisão no julgamento do mensalão, Genu foi preso preventivamente na Lava Jato por ter recebido propina de 3,12 milhões de reais referente a contratos da diretoria de Abastecimento da Petrobras, então comandada por Paulo Roberto Costa, entre 2007 e 2012. No início de dezembro, menos de sete meses depois de ir para a cadeia, João Cláudio Genu foi condenado por Sergio Moro a 8 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.

 

30ª fase, Vício (24/05/2016)

4 - Ex-tudo José Dirceu
O ex-ministro José Dirceu, preso pela Operação Lava Jato (Rodolfo Buhrer/Reuters/Reuters)

A 30ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada no dia seguinte à 29ª fase. Batizada de Vício, a ação trouxe à tona um esquema de pagamento de propina no setor de compras da Petrobras com a participação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, àquela altura já presos e condenados a 20 anos e 50 anos de prisão na Lava Jato, respectivamente. Segundo as investigações, a Apolo Tubulars e a Confab, fornecedoras com 5 bilhões de reais em contratos com a Petrobras, pagaram propina de mais de 40 milhões de reais para “prosperarem” na estatal. Parte do dinheiro teria sido destinada a Dirceu, acusação que levou Sergio Moro a torná-lo réu.

 

31ª fase, Abismo (04/07/2016)

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O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira ()

Com as encrencas de Delúbio Soares e João Vaccari Neto no mensalão e no petrolão, respectivamente, Paulo Ferreira era o único ex-tesoureiro do PT ainda incólume a acusações por corrupção. Em um espaço de dois meses, no entanto, a calmaria de Ferreira foi dizimada. Em junho, ele foi preso na Operação Custo Brasil; em julho, foi o principal alvo da 31ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Abismo.  A investigação descobriu pagamentos de propina de 39 milhões de reais na construção do novo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. O dinheiro pago a Paulo Ferreira por empreiteiras foi empregado em blogs defensores do PT e até em uma escola de samba apadrinhada por ele no Rio Grande do Sul.

 

32ª fase, Caça-Fantasmas (07/07/2016)

Movimentação na sede da Polícia Federal em Curitiba
Polícia Federal cumpre mandados da Operação Caça-Fantasmas (Vagner Rosário/VEJA.com)

Desdobramento da Operação Triplo X, 22ª fase da Lava Jato, a Operação Caça-Fantasmas investigou um banco panamenho, o FPB, que operava clandestinamente no Brasil utilizando-se dos serviços da Mossack Fonseca, escritório especializado na abertura de offshores. O FPB abria e movimentava contas em território nacional para viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro brasileiro, incluindo de investigados pela Lava Jato. A Caça-Fantasmas identificou 44 offshores constituídas pelo escritório por solicitação dos funcionários do banco clandestino. Sete funcionários do banco panamenho foram alvos de conduções coercitivas.

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33ª fase, Resta Um (02/08/2016)

O ex-presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, realiza exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), em Curitiba (PR), durante a 33ª fase da Operação Lava-Jato - 03/08/2016
O ex-presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares, preso durante a 33ª fase da Operação Lava Jato (Vagner Rosário/VEJA.com)

Batizada de Resta Um, a 33ª fase da Lava Jato mirou a construtora Queiroz Galvão e teve como principais alvos os executivos Idelfonso Collares Filho e Othon Zanoide Filho, ambos presos preventivamente. A investigação do Ministério Público Federal reuniu informações sobre corrupção e fraude nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na Refinaria Abreu e Lima e em diversas outras refinarias, como a do Vale do Paraíba, Landulpho Alves e de Duque de Caxias. De acordo com a PF, a Queiroz Galvão tem o terceiro maior volume de contratos investigados no escândalo do petrolão.

 

34ª fase, Arquivo X (22/09/2016)

O ex-ministro Guido Mantega chega à sede da Polícia Federal, em São Paulo, após ser preso temporariamente durante a 34ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Arquivo X - 22/09/2016
O ex-ministro Guido Mantega chega à sede da Polícia Federal, em São Paulo, preso temporariamente durante a 34ª fase da Operação Lava Jato (Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress)

Xará do seriado de ficção científica lançado nos anos 1990, a 34ª fase da Operação Lava Jato foi, na verdade, uma “homenagem” ao ex-bilionário Eike Batista, que tinha o costume de incluir a letra X no nome de suas empresas, como sinal de multiplicação. As investigações apuraram fraudes em contratos assinados entre a Petrobras e a OSX, de Eike, e a empreiteira Mendes Júnior para a construção de duas plataformas de exploração do pré-sal. O maior alvo da operação foi o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, preso temporariamente e solto no mesmo dia por ordem de Sergio Moro. Segundo a investigação, Mantega negociou com as empresas contratadas pela estatal o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha do PT. Em depoimento ao MPF, Eike Batista confirmou que, em novembro de 2012, recebeu pedido do ex-ministro, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e fez pagamentos milionários a uma empresa de publicidade no exterior.

 

35ª fase, Omertà (26/09/2016)

O ex-ministro Antonio Palocci (PT)
O ex-ministro Antonio Palocci (PT), após ser preso durante a 35ª fase da Operação Lava Jato (Vagner Rosário/VEJA.com)

Batizada de Omertà, em referência ao pacto de silêncio dos mafiosos, a 35ª fase da Lava Jato levou à cadeia o ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda Antonio Palocci. Ele é suspeito de atuar como intermediário para que a Odebrecht conseguisse contratos com o poder público. Em troca, o “italiano”, como Palocci era chamado nas planilhas da empreiteira, e seu grupo eram agraciados com propina. A atuação do ex-ministro foi monitorada, por exemplo, na negociação de uma medida provisória que proporcionaria benefícios fiscais, na interferência na licitação para compra de 21 navios-sonda para exploração do pré-sal e no aumento da linha de crédito junto ao BNDES para a Odebrecht fechar negócios na África. Além do petista, foram presos seu ex-chefe de gabinete Juscelino Dourado e o ex-assessor Branislav Kontic. Em novembro, Palocci e outros 14 acusados viraram réus na Lava Jato.

 

A prisão de Eduardo Cunha (19/10/2016)

FIM DA LINHA - Eduardo Cunha: o ex-todo-poderoso presidente da Câmara já passou a dormir em Curitiba
Eduardo Cunha: o ex-todo-poderoso presidente da Câmara já passou a dormir em Curitiba (Heuler Andrey/AFP)

A prisão mais emblemática da Operação Lava Jato em 2016 não ocorreu antes de o sol nascer, não foi batizada com um nome sugestivo e não se deu em nenhuma “fase” da operação. Na tarde do dia 19 de outubro, pouco mais de um mês após ter o mandato parlamentar cassado, o ex-deputado federal Eduardo Cunha foi preso preventivamente por ordem do juiz Sergio Moro e levado a Curitiba. O ex-todo-poderoso-presidente da Câmara é réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas por suposto recebimento de propina na compra, pela Petrobras, de um campo de petróleo no Benin, na África, ocultada em contas na Suíça. Na transação, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada teria atuado como intermediário no acerto dos valores.

 

36ª fase, Dragão (10/11/2016)

Chegada de malotes da 36ª fase da Operação Lava Jato, na Polícia Federal de São Paulo (SP) - 10/11/2016
Chegada de malotes da 36ª fase da Operação Lava Jato, na Polícia Federal de São Paulo (SP) (Marivaldo Oliveira/Código19/Folhapress)

A 36ª fase da Lava Jato, batizada como Dragão, teve como alvos os operadores financeiros Rodrigo Tacla Duran e Adir Assad. As investigações apontam que, entre 2011 e 2013, as empreiteiras Odebrecht, UTC e Mendes Júnior repassaram 52 milhões de reais em propina a empresas offshore de Tacla Duran para que ele distribuísse o valor a beneficiários finais no exterior, sobretudo ex-diretores da Petrobras. Preso na Operação Saqueador, Assad já estava na cadeia quando Sergio Moro determinou sua prisão preventiva. Notório operador financeiro, ele também teria feito depósitos às empresas de Rodrigo Tacla Duran.

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37ª fase, Calicute (17/11/2016)

Sérgio Cabral
O ex- governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, fichado no presídio de Bangu 8 (Divulgação/Reprodução)

O nome da 37ª fase da Operação Lava Jato, Calicute, é uma referência à cidade indiana onde o navegador português Pedro Álvares Cabral enfrentou uma histórica tormenta. Deflagrada por ordem dos juízes federais Sergio Moro e Marcelo Bretas, este da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, a tempestade da vez recaiu sobre outro Cabral, Sérgio, ex-governador do Rio. Ele é acusado de liderar uma quadrilha que roubou 224 milhões de reais de contratos públicos firmados com empreiteiras sob sua gestão. Além de Sérgio Cabral, foram presos auxiliares próximos a ele, como os ex-secretários estaduais Wilson Carlos e Hudson Braga, os operadores Carlos Miranda, Paulo Magalhães Pinto e Carlos Bezerra. A mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, também acabou presa, 19 dias depois do marido. O ex-governador, a ex-primeira-dama e outras onze pessoas viraram réus por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e pertinência a organização criminosa na Lava Jato.

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