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Laudos desmentem versão dos PMs e mostram que jovens foram alvejados por 30 tiros

Documentos feitos pelos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística Carlos Éboli constataram que os policiais dispararam 111 vezes contra o carro dos cinco rapazes, que tinham entre 16 e 25 anos

Por Da Redação
9 dez 2015, 09h15

Os cinco jovens assassinados por policiais militares em Costa Barros, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em 28 de novembro, foram alvejados por 30 tiros de fuzil e pistola. Já o carro em que eles estavam foi crivado com 81 balas, sendo que as armas dos PMS chegarama a disparar 111 vezes. As constatações foram feitas pelos laudos dos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) divulgados nesta terça-feira.

Os laudos também desmentiram a versão dos PMs de que houve confronto com os jovens. Segundo os laudos, não havia vestígio de pólvora nas mãos das vítimas. Os disparos foram feitos de trás para a frente e pela lateral direita do veículo dos jovens.

Os troncos foram as partes dos corpos mais atingidas. Wilton Esteves Domingos Júnior, de 20 anos, e Wesley Castro Rodrigues, de 25, levaram três tiros cada um. Cleiton Corrêa de Souza, de 18, e Carlos Eduardo da Silva de Souza, de 16, receberam sete. Roberto de Souza Penha, de 16 anos, foi atingido por dez tiros.

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O inquérito, conduzido pela 39ª Delegacia de Polícia (Pavuna, Zona Norte), deve ser entregue ao Ministério Público nesta semana, para oferecimento de denúncia dos quatro acusados à Justiça. De acordo com o delegado Rui Barboza de Souza, foi constatado que os jovens não saíram do carro, que estava parado no momento dos disparos. Os policiais também tentaram manipular a cena do crime e botaram uma arma embaixo do veículo, segundo as investigações. Souza ainda quer autorização da Justiça para realizar o confronto balístico e a reconstituição do crime.

Os acusados do crime – os soldados Thiago Resende Viana Barbosa e Antônio Carlos Gonçalves Filho, o sargento Márcio Darcy Alves dos Santos e o cabo Fabio Pizza Oliveira da Silva – foram presos sob a acusação de homicídio qualificado e fraude processual. Eles estão no Batalhão Especial Prisional, em Niterói.

Os jovens foram mortos na região do complexo de favelas da Pedreira, após voltarem de uma comemoração no Parque Madureira, também na Zona Norte. Na ocasião, os policiais alegaram que receberam denúncias de que o grupo estaria envolvido em um roubo de carga, o que foi descartado nas investigações da chacina.

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(Com Estadão Conteúdo)

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