Laudo descarta que Bernardo tenha sido enterrado vivo
Peritos criminais não encontraram indícios de terra nos pulmões do menino
Um laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) entregue nesta sexta-feira à Delegacia Regional de Três Passos descartou a possibilidade de o menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, ter sido enterrado vivo. Os peritos afirmam que não encontraram presença de detritos minerais, como partículas de terra, nos pulmões do menino, informou o jornal gaúcho Zero Hora. O resultado fez a investigação deixar de lado a possibilidade de o garoto estar vivo quando foi colocado na cova pela madrasta Graciele Ugolini, de 32 anos — a suspeita surgiu depois do depoimento da assistente social Edelvania Wirganovicz, que afirmou não ter certeza se a madastra checou a pulsação de Bernardo antes de enterrá-lo.
Leia também:
MP pede bloqueio de bens do pai de Bernardo e alteração na guarda da meia-irmã do menino
Segundo o diário, peritos do IGP conseguiram coletar amostras promissoras de ‘vestígios biológicos’ de Bernardo, sem entrar em detalhes quais são eles.
Relembre o caso – Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu em 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos (RS) De acordo com o pai, o médico Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugulini, 32 anos, para comprar uma TV.
De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo, municípios vizinhos.
Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio. Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o pai do menino, a madrasta e Edelvania, que colaborou com a identificação do corpo.