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Latrocínio é principal hipótese para morte do coronel Malhães , diz delegado

O roubo seguido de morte norteia a apuração seguida pela polícia para elucidar o caso do militar da reserva Paulo Malhães, encontrado morto nesta sexta-feira, no Rio

Por Pamela Oliveira, do Rio
26 abr 2014, 19h12

O delegado Willian Medeiros Pena Júnior, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense em Belford Roxo (DHBF), afirmou neste sábado que o crime de latrocínio (roubo seguido de morte) é a principal linha de investigação para elucidar a morte do coronel da reserva Paulo Malhães, encontrado morto nesta sexta-feira no sítio onde morava, na zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. “Latrocínio é a principal linha de investigação porque os criminosos roubaram armas, joias e computadores. Mas sabemos que isso também pode ter sido uma forma de despistar a polícia. Mas não descartamos outras hipóteses, como homicídio por vingança e queima de arquivo”, disse.

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A declaração foi dada após policiais da DHBF realizarem, no fim da tarde deste sábado, uma perícia no sítio. Os agentes vasculharam o imóvel em busca de novas provas e indícios que levem aos criminosos que invadiram a casa do coronel na noite de quinta-feira. O coronel foi enterrado na tarde deste sábado no cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De acordo com o delegado da DHBF, durante a fuga, os criminosos abandonaram uma impressora e um casaco que haviam roubado. O material, encontrado em um matagal no terreno da propriedade, será periciado.

Os policiais foram auxiliados pelo caseiro do sítio. Ele e a mulher do coronel, Cristina Batista Malhães, ficaram em poder dos bandidos por mais de oito horas. Segundo o delegado, os dois foram ameaçados de morte pelos criminosos caso revelassem informações capazes de ajudar na investigação policial.

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Laudo – Penna Júnior explicou que o laudo cadavérico da Polícia Civil será divulgado em dez dias. O delegado disse desconhecer o teor da guia de sepultamento emitida no cemitério de Nova Iguaçu, que apontou três razões como causa mortis: edema pulmonar, isquemia de miocárdio e miocardiopatia hipertrófica. O documento não faz referência à hipótese de sufocamento, levantada pela polícia. O delegado, porém, afirmou que o documento será anexado ao material de investigação.

Depoimento – Ex-integrante de órgãos de repressão do regime militar de 1964-85, Malhães admitiu ter participado da tortura, assassinato e desaparecimento de militantes políticos em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em março. Ele contou detalhes sobre o funcionamento da Casa da Morte de Petrópolis, na Região Serrana fluminense, um centro clandestino de tortura e homicídios, e afirmou que foi encarregado pelo Exército de desenterrar e sumir com o corpo do deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.

Histórico – Na tarde da última quinta-feira, três homens invadiram o sítio de Malhães e fizeram de reféns por nove horas ele, a mulher, Cristina Batista Malhães, e o caseiro, Rogério. Os criminosos levaram dois computadores, pelos menos três armas antigas colecionadas pelo ex-militar, um aparelho de som, joias e cerca de 700 reais em dinheiro.

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Malhães foi mantido em seu próprio quarto, onde foi encontrado morto, supostamente por asfixia. O corpo estava de bruços, com o rosto contra um travesseiro e apresentava sinais de cianose – características de sufocamento. Os criminosos amarraram Rogério e Cristina e foram embora depois do crime.

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