Justiça mantém prisão de acusada de dar golpe na própria mãe
Filha de colecionador de arte teria tido ajuda de comparsas para roubar obras de sua família avaliadas em 720 milhões de reais
A Justiça do Rio manteve a prisão preventiva de Sabine Coll Boghici e mais três pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha que dava golpes no mercado das artes. O caso foi revelado na semana passada depois que uma vítima do grupo conseguiu alertar a polícia. Sabine é filha da vítima e de Jean Boghici, que foi um dos maiores colecionadores de arte do país, morto em 2015.
Segundo as investigações, Sabine recebeu ajuda de comparsas para extorquir dinheiro de sua mãe, uma mulher de 82 anos, viúva do colecionador. A Polícia Civil do Rio diz que quadros avaliados em cerca de 720 milhões reais foram roubados da idosa que também chegou a transferir 5 milhões de reais a falsas videntes que integravam o esquema. Uma das obras que teriam sido desviadas é a “Sol Poente”, de Tarsila do Amaral, avaliada em 300 milhões de reais.
Na sexta, durante a audiência de custódia dos quatro presos, a Justiça decidiu pela manutenção das prisões preventivas. A polícia ainda procura outros envolvidos no caso. Dos 16 quadros que teriam sido roubados, apenas três foram recuperados até o momento. Segundo a família de Sabine, há quadros que teriam sido roubados de artistas como Di Cavalcanti, Cícero Dias, Antônio Dias e Alberto Guignard.