Justiça mantém preso engenheiro que matou juíza a facadas no Rio
Decisão também proíbe que familiares ou amigos de José Paulo Arronenzi se aproximem das três filhas do casal que presenciaram o crime
A Justiça do Rio de Janeiro acatou, neste sábado, a denúncia do Ministério Público contra o engenheiro José Paulo Arronenzi, pelo assassinato da ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral, morta a facadas na frente de três filhas, na véspera da natal do ano passado, no bairro da Barra da Tijuca.
O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da Terceira Vara Criminal do Tribunal do Juri aceitou o pedido da Segunda Promotoria de Justiça e manteve o réu preso preventivamente: “A prisão, tal como lá externado faz-se necessária ante a ótica concreta de lesão à garantia da ordem pública, especialmente avalizada quanto às testemunhas que futuramente serão ouvidas na presente relação processual”, escreveu o magistrado em sua decisão.
Atualmente, Arronenzi está detido no presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó. A defesa tem dez dias para apresentar suas alegações por escrito.
O despacho do juiz também impede que familiares ou amigos do réu se aproximem das filhas do casal, que tem entre sete e dez anos de idade: “Encontrei a necessidade de manutenção da medida extrema e, por tal motivo, adotando como forma de decidir os reais e legais fundamentos ali desenvolvidos, os quais torno parte integrante da presente decisão, opto por manter a custódia cautelar prisional dada sua extrema e evidente necessidade”, justificou o magistrado.
Arronenzi é acusado de feminicídio quintuplamente qualificado. Ele assassinou a ex-mulher a facadas quando ela descia do carro. A juíza havia obtido medidas protetivas contra ele, mas relaxou a medida. Em relatos a uma amiga, ela contou que o ex-marido extorquia dinheiro dela, após a separação. Na semana passada, a Justiça bloqueou 640.000 reais das contas do engenheiro.