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Justiça italiana condena chefão da Pirelli por espionagem

Marco Tronchetti Provera terá de cumprir vinte meses de liberdade condicional, além de pagar multa de 900 000 euros; ele apresentará recurso contra sentença

Por Da Redação
17 jul 2013, 17h10

A Justiça italiana condenou o ex-presidente da Telecom Itália e o presidente da fabricante de pneus Pirelli, Marco Tronchetti Provera, por envolvimento em caso de espionagem e roubo de dados – um deles com conexões com o Banco Opportunity, do empresário Daniel Dantas.

A pena de Provera foi o pagamento de multa de 900.000 euros (cerca de 2,6 milhões de reais) e vinte meses em liberdade condicional. Provera foi considerado culpado por receber dados roubados para uso em disputas comerciais quando chefiou a Telecom Itália, entre 2001 e 2006.

A defesa de Provera negou qualquer ilegalidade e disse que a sentença é ‘ilógica’. Em nota, Provera disse que não sabia que os dados haviam sido obtidos ilegalmente e que notificou a polícia brasileira sobre eles após o recebimento. O executivo também disse que “foi condenado por denunciar quem estava espionando” a empresa que comandava na época. Provera vai recorrer da decisão.

Acervo digital: Um negócio de espiões

O caso – Segundo a denúncia, o roubo ocorreu em 2004, em meio à feroz disputa societária pelo comando da Brasil Telecom, que opôs o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity, aos sócios da Telecom Itália e fundos de pensão de empresas estatais.

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Os promotores italianos afirmaram que a Telecom Itália, por meio de sua equipe de segurança, interceptou ilegalmente informações do computador de um funcionário da empresa de investigações Kroll no Rio de Janeiro. Os dados foram embalados na forma de um dossiê que municiou a primeira investida da Polícia Federal contra Daniel Dantas, a Operação Chacal, que nos anos seguintes mudaria de nome, comando e assunto – e voltaria à tona como Satiagraha, tendo à frente o hoje deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB).

No Brasil, o caso tomou forma de escândalo pela suspeita de que a Kroll, a mando de Dantas, estivesse espionando o alto escalão do governo Lula. Na Itália, os promotores puxaram outros fios da trama: fabricação de dossiês ilegais e corrupção internacional.

O escândalo na Itália eclodiu em 2006, quando se descobriu um gigantesco esquema de espionagem e corrupção tocado desde o final dos anos 1990 por integrantes da agência de inteligência italiana e da equipe de segurança da Telecom Itália.

(Com Reuters)

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