Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Justiça determina reintegração de posse de terreno invadido próximo ao Itaquerão

Área ocupada por 2.000 famílias terá que ser desocupada em até 48 horas. Movimento pressiona vereadores e vai recorrer da decisão

Por Da Redação
8 Maio 2014, 10h33

Na quarta-feira, a Justiça de São Paulo determinou a reintegração de posse do terreno invadido em Itaquera, na Zona Leste da capital paulista. A ocupação, batizada de ‘Copa do Povo’, começou a ser erguida no sábado. A área fica a apenas quatro quilômetros do estádio Arena Corinthians, o Itaquerão, que será o palco de abertura da Copa do Mundo. No despacho que determina a reintegração, solicitado pela construtora Viver Empreendimentos, dona da área, o juiz Celso Maziteli Neto, do Fórum de Itaquera, aciona a Polícia Militar e diz que as cerca de 2.000 famílias que montaram barracos no local têm 48 horas para fazer a “desocupação voluntária” do terreno. A área possui 155.000 metros quadrados.

As famílias que estão assentadas no terreno prometem resistir à ação. Eles alegam que o valor do aluguel na área aumentou cerca de 350 reais entre os meses de janeiro e março deste ano. Segundo os assentados, a escalada no preço dos aluguéis se deve a realização da Copa do Mundo.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirma que a área era degradada. “Isso aqui (terreno) só servia para uso de drogas, assaltos, estupros, descarte de carros e desova de cadáveres”, afirma. O MTST entrou na quarta-feira com recurso no Fórum de Itaquera, pedindo ao juiz Maziteli Neto que reconsidere a decisão de reintegração de posse.

Caso as famílias que invadiram o terreno se neguem a sair, a polícia militar terá de montar uma operação para realizar a reintegração, sem prazo determinado.

Continua após a publicidade

Leia também:

País do futebol (e da má gestão): a Copa vem, o atraso fica

A empresa dona do terreno, a Viver Empreendimentos (antiga Inpar), avalia que a área em Itaquera, no valor de 580 milhões de reais, era reservada para a construção de prédios residenciais. O prefeito Fernando Haddad (PT) já sinalizou que poderá adquirir a área para a construção de moradias populares do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Continua após a publicidade

A gestão Haddad deve transformar o local em uma zona de interesse social, por meio de emenda incluída na segunda votação do Plano Diretor. Dessa forma, como seria obrigada a construir só conjuntos da Cohab ou do programa Minha Casa, Minha Vida no local, a empresa seria obrigada a reduzir o valor estimado para o terreno.

O MTST promete pressionar os vereadores, a partir da próxima terça-feira, a incluir emenda para que a mudança no terreno possa ser feita.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto é um braço do MST. Como já mostrou VEJA em diversas reportagens, o MST é comandado por agitadores profissionais que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, se valem de uma multidão de desvalidos como massa de manobra para atingir seus objetivos financeiros. Sua arma é o terror contra fazendeiros e também contra os próprios assentados que se recusam a cumprir as ordens dos chefões do movimento e a participar de saques e atos de vandalismo. Com os anos, o movimento passou por um processo de mutação. Foi-se o tempo em que seus militantes tentavam dissimular as ações criminosas do grupo invocando a causa da reforma agrária. Há muito isso não acontece mais. Como uma praga, o MST ataca, destrói, saqueia – e seus alvos, agora, não são mais apenas os chamados latifúndios improdutivos.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.