Justiça decreta prisão de policiais acusados de matar Juan
O menino de 11 anos foi baleado durante uma operação da Polícia Militar do Rio em uma favela na Baixada Fluminense, em junho
Os quatro policiais militares acusados da morte do menino Juan Moraes, de 11 anos, tiveram a prisão preventiva decretada nesta sexta-feira pela Justiça. Os mandados estão sendo expedidos pela 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Durante esta semana, outros dois passos importantes foram dados em direção à punição dos assassinos da vítima. Na quarta-feira, a Polícia Civil concluiu o inquérito e pediu a decretação da prisão preventiva dos PMs. Na quinta, foi a vez do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciar o quarteto composto por Isaias Souza do Carmo, Edilberto Barros do Nascimento, Ubirani Soares e Rubens da Silva.
Os policiais foram denunciados por dois homicídios duplamente qualificados e duas tentativas de homicídio duplamente qualificado. Os Crimes têm agravantes por uma das vítimas ser menor de idade e pelo abuso de poder. Os PMs são acusados de terem matado Igor de Souza Afonso e de ferirem outros dois jovens, em junho deste ano, em uma favela em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A morte de Juan ocorreu no dia 20 de junho, após uma operação policial na favela Danon, em Nova Iguaçu. Desde o dia 21 de julho, os PMs estão presos temporariamente. Segundo o delegado responsável pela investigação, Ricardo Barbosa, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, as testemunhas estavam acuadas e com medo de sofrerem represálias.