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Júri de Sandro Dota é cancelado em São Paulo

Acusado de estuprar e matar cunhada destituiu advogado e provocou dissolução do júri; novo julgamento será em setembro

Por Jean-Philip Struck
25 jul 2013, 12h19

O julgamento do motoboy Sandro Dota, de 42 anos, foi cancelado na manhã desta quinta-feira. Com isso, o corpo de jurados foi dissolvido. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a decisão foi tomada após o réu destituir a sua defesa ao afirmar que não confiava mais em seu advogado. Um novo júri foi marcado para o dia 18 de setembro. Um defensor público deve assumir a defesa de Dota.

O julgamento de Dota, que é acusado de estuprar e matar a cunhada Bianca Consoli, de 19 anos, havia começado na terça-feira no Tribunal do Júri no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.

Júri – Nos dois dias de julgamento foram ouvidas onze testemunhas. Entre elas estavam a mãe de Bianca, Marta Consoli, a delegada que investigou o caso e três peritas. Dota responde por estupro e homicídio triplamente qualificado – motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A morte de Bianca Consoli ocorreu em setembro de 2011.

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Sandro está preso na Penitenciária de Tremembé desde dezembro de 2011. O Ministério Público afirma que ele matou a cunhada porque ela não quis ter relações sexuais com ele.

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Entre as principais provas contra o motoboy está o resultado de um teste de DNA que atestou que a pele encontrada embaixo das unhas de Bianca era de Sandro Dota. Nos dois dias de julgamento a promotoria também apresentou testemunhas que afirmaram que Sandro costumava assediar a cunhada.

A estudante Bianca Consoli
A estudante Bianca Consoli (VEJA)

Crime – Bianca, que tinha 19 anos e estudava finanças na Faculdade Anhanguera Educacional, em São Paulo, foi encontrada morta na noite de 13 de setembro de 2011, na casa onde vivia com os pais, no bairro de Parque São Rafael, Zona Leste de São Paulo. O corpo estava com um saco plástico na cabeça e sinais de estrangulamento.

No momento do crime, os pais da jovem haviam saído. Quando voltaram, encontraram Bianca no chão. Móveis estavam caídos, mas nada foi roubado. Também não havia sinais de arrombamento.

Logo Sandro foi apontado como suspeito. Na época, ele era casado com a irmã de Bianca, Daiana Consoli. Ele se recusou a entregar amostras genéticas para testes, mas a polícia conseguiu apreender uma calça sua que estava suja de sangue.

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A ex-mulher de Sandro inicialmente disse acreditar na inocência do marido, mas logo depois da prisão mudou de ideia e chamou o motoboy de “psicopata”. Ela se divorciou meses depois. Na quarta-feira ela depôs contra o ex-marido e disse que Dota era “possessivo e não gostava de ser contrariado”.

A irmã da vítima também disse que passou a suspeitar da inocência do ex-marido quando ele começou a ser investigado. “A partir do momento em que ele se negou a fornecer material para exame, percebi que havia algo errado”, disse Diana. “Depois que minha irmã foi morta, vizinhos me disseram que Sandro costumava mexer com as mulheres na rua.”

(Atualizado às 13h55)

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