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Jungmann não vê necessidade de intervenção em outros estados

Em entrevista, ministro da Segurança Pública anunciou equipe e relatou orientação a novo diretor-geral da PF: 'Combata o crime, combata a corrupção'

Por Da Redação Atualizado em 13 mar 2018, 12h14 - Publicado em 28 fev 2018, 22h22

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta quarta-feira não ver em outros estados situações tão drásticas que demandem intervenção federal na segurança pública como foi feito no Rio de Janeiro. Em longa entrevista coletiva um dia após assumir a pasta, Jungmann defendeu que haja uma separação no tratamento dado aos traficantes e aos usuários de drogas sem antecedentes criminais. O usuário deve receber assistência, disse, e não ser colocado no sistema prisional.

O ministro anunciou também os nomes que formarão a equipe da pasta criada na terça, por meio de uma Medida Provisória assinada pelo presidente Michel Temer. O general Carlos Alberto Santos Cruz acumulará a Secretaria-Executiva e a Secretaria Nacional de Segurança Pública; o diplomata Alessandro Candeas será o chefe de gabinete; o delegado Rogério Galloro será o diretor da Polícia Federal; Renato Borges Dias fica na direção da Polícia Rodoviária Federal, e Carlos Felipe de Alencastro, diretor do Departamento Penitenciário Nacional.

Indagado sobre a mudança no comando da PF, sua primeira medida no cargo, com a troca de Fernando Segovia por Galloro, Jungmann relatou ter dado uma orientação o novo diretor-geral da corporação: “Combata o crime, combata a corrupção”.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta quarta, Temer negou que a nomeação de Segovia, que ficou pouco mais de 100 dias no cargo, tenha tido motivação política. O emedebista declarou que a saída dele do cargo foi “ajustada”. “Não houve exatamente uma dispensa, houve um ajustamento de modo que o Segovia vai acabar indo para Roma… Foi uma coisa ajustada pelo novo ministro, que deve ter realmente a sua equipe”, disse o presidente, confirmando que deu aval à de Fernando Segovia do posto.

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Segovia foi alvo de críticas por ter se reunido com Michel Temer fora de agenda oficial e por ter declarado em entrevista que não havia provas contra o presidente no inquérito conduzido pela PF, que investiga suposta corrupção no Decreto dos Portos, editado por Temer em 2017. “Ele fez um trabalho muito correto e adequado”, disse o presidente. Ainda na entrevista, o emedebista classificou a escolha de Rogério Galloro para o cargo como “meramente profissional”.

Monitoramento em presídios

Raul Jungmann, voltou a defender a necessidade de que todos os presídios do país, sejam eles federais ou não, tenham conversas entre detentos e seus advogados monitoradas. Jungmann reconhece que há resistência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) à adoção da medida e disse que já conversou com o presidente da entidade, Claudio Lamachia, mas não descartou a possibilidade de acionar o Judiciário para garantir que os presídios deixem de ser o que chamou de “escritórios do crime organizado”. “Não é aceitável que as penitenciárias se tornem home office do crime organizado”, afirmou Jungmann, que lembrou que há presos ligados ao crime organizado que têm 37 advogados.

“Isso é razoável?”, questionou ele, justificando que “nem de longe, isso é criminalizar a atividade do advogado”. Para o ministro, uma coisa é uma pessoa defender quem cometeu um crime ou um delito, outra coisa é ser advogado de uma organização criminosa. Raul Jungmann comentou também que algumas das grandes facções começam a recrutar advogados ainda nas universidades.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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