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Jovem denuncia Burger King após ser nomeado ‘macaco’ em nota fiscal

Episódio teria ocorrido no sábado, na Vila Nova Conceição, em São Paulo

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 27 mar 2018, 15h22 - Publicado em 27 mar 2018, 14h16

O profissional de relações internacionais David Zambelli Jr. denunciou um episódio de racismo sofrido em uma lanchonete da rede Burger King na Vila Nova Conceição, na Zona Sul da cidade de São Paulo. No Facebook, ele compartilhou a foto de uma nota fiscal na qual é identificado como “macaco” no campo “cliente”.

“Racismo é crime, fui chamado de ‘macaco’. O preconceito racial é uma ‘doença’ que deve ser eliminada da sociedade brasileira. É inadmissível que em pleno século XXI, em 2018, ainda possa acontecer esse tipo de atitude racista”, escreveu Zambelli.

Segundo o jovem, o caso teria ocorrido na madrugada de sábado, na lanchonete da rede localizada na Avenida Santo Amaro. “Até quando isso irá existir no Brasil? Hoje foi comigo, amanhã pode ser com você!”, acrescentou.

O jovem registrou um boletim de ocorrência de injúria racial na Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). “A vítima prestou depoimento e imagens da câmera de monitoramento do estabelecimento serão solicitadas para identificação do autor”, informou a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo por meio de nota.

No momento do incidente, Zambelli estava acompanhado da diplomata americana Littane Bien-Aime, que costuma frequentar a lanchonete. “A cor da sua pele ainda te define nos olhos de muitas pessoas da pior forma”, desabafou Littane em uma postagem sobre o episódio, na qual conta outras situações de racismo que enfrentou no Brasil.

O caso também foi comentado pelo pai do jovem, Luiz Paulo Lima, que escreveu:”Ontem postei uma imagem com a legenda ‘silêncios’, uma forma de me manifestar diante de tanta barbárie acontecendo no mundo. Hoje deparo com mais um dos modelos já se tornando clássico das formas de racismo. Tal fato aconteceu com meu filho, mas pode ter acontecido com outras pessoas”.

Na postagem, Lima ainda ressalta que a “solução pedagógica” é um processo criminal. “Não tem outro caminho além de nunca mais botar os pés neste lugar. Vão sentir no bolso”, disse.

Por meio de nota, o Burger King informou que “tomou conhecimento do caso relatado” e que “está apurando o ocorrido para que as medidas necessárias sejam tomadas”. “A companhia reitera que repudia todo e qualquer ato discriminatório”, escreveu.

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