Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Joalheria lista 460 joias compradas por Cabral e aliados

Tesouro de pedras e metais preciosos comprado na joalheria Antonio Bernardo entre 2000 e 2016 tem valor total de 5,7 milhões de reais

Por Da Redação Atualizado em 2 dez 2016, 17h19 - Publicado em 2 dez 2016, 17h13

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro recebeu da grife Antonio Bernardo uma lista com 460 joias compradas pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), preso na Operação Calicute, para sua mulher, Adriana Ancelmo, e outros envolvidos no caso. Segundo o relatório, o tesouro de pedras e metais preciosos amealhado foi comprado entre 2000 e 2016, num valor total de 5,7 milhões de reais. A maior parte foi paga em dinheiro vivo. Entre as peças há anéis, brincos, colares, pingentes e pulseiras de ouro amarelo, branco, esmeraldas, diamantes, turmalina e pérolas.

O item mais caro é um par de brincos de turmalina paraíba com diamantes, de 612.000 reais. O colar “Blue Paradise”, também de turmalina paraíba, custou 229.000 reais. Já os brincos Blue Cluster foram adquiridos por Cabral por 125.200 reais, e os brincos Folhagem de Esmeraldas 138.960 reais. Os brincos Coruja de Diamantes foram pagos, em espécie, ao preço de 18.950 reais, assim como o brinco Blacklava, comprado em dinheiro vivo por 23.940 reais.

O relatório foi enviado pela Antonio Bernardo ao Ministério Público Federal do Rio, a pedido do juiz federal Marcelo Bretas. As 356 páginas mostram as imagens das joias compradas por Cabral, Adriana e os supostos operadores do ex-governador: Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, Maria Angélica dos Santos Miranda, Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves e Luiz Carlos Bezerra.

Continua após a publicidade

Há também a descrição das joias e o modo como elas foram compradas: dinheiro em espécie, cheques e cartões. Segundo a empresa relata ao MPF, os cheques foram dados por Cabral e Adriana apenas para garantir os pagamentos, mas depois eram devolvidos e trocados por dinheiro em espécie.

Também há notas fiscais em nome do governador pelas compras das joias. Apesar de terem sido adquiridas entre 2000 e 2016, as notas foram emitidas entre os dias 25 e 27 de novembro de 2016 – oito dias após a prisão de Cabral, acusado de montar um esquema milionário de corrupção instalado na administração do peemedebista (2007/2014).

Continua após a publicidade

O trabalho do MPF agora é cruzar a lista de joias relatadas pela Antonio Bernardo com as joias encontradas na casa de Cabral no dia 17, quando foi preso. A Polícia Federal encontrou, durante a Operação Calicute, 300 joias. A polícia suspeita que o ex-governador usava as peças para lavar dinheiro.

Até esta quinta-feira, a defesa do ex-governador não havia entrado com nenhum recurso ou pedido de habeas corpus contra a decisão que o levou à prisão. Ele está preso em Bangu 8.

(com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.