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Irreverência carioca marca protesto contra Dilma

Cenário é emblemático porque o Estado foi um dos que contribuiu para a reeleição da presidente, que teve 55% dos votos do eleitorado fluminense

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 abr 2015, 17h29

Os cariocas voltaram a ocupar a orla de Copacabana neste domingo para manifestar a insatisfação com o governo de Dilma Rousseff. O cenário é especialmente emblemático porque o Estado foi um dos que contribuiu para a reeleição da presidente, que teve 55% dos votos do eleitorado fluminense. Com a irreverência típica da capital, as pessoas participaram da passeata com camisas do Brasil e chinelos, alguns tomando água de coco, outros comendo milho. Houve quem preferiu ir de patins ou de bicicleta. Juntos na caminhada pela Avenida Atlântica, todos gritaram repetidas vezes “Fora, Dilma” e “Lula ladrão, pai do petrolão”. O coro era, sobretudo, pelo fim da corrupção – palavra estampada em cartolinas improvisadas e em camisetas. Pelo menos 10.000 pessoas compareceram ao ato, segundo o Batalhão de Grandes Eventos da Polícia Militar do Estado.

O sol forte no horário da manifestação fez com que as pessoas se abarrotassem nas poucas sombras das árvores. Muitos dos manifestantes eram idosos, que enfrentaram o calor para mandar o seu recado ao governo federal. José de Alencar de Castro, piloto aposentado de 83 anos, segurava um cartaz dizendo “Fora ratos, todos eles”. “Eu me considero um homem de esquerda, mas o PT traiu esse ideal. Fui filiado ao partido nos anos 80 e saí decepcionado. Participei do movimento das Diretas-Já e agora estou de novo na rua para pedir a saída deles do poder”, afirmou. Entre os poucos jovens que participaram estava José Henrique Jorge, de 28 anos, cadeirante. “Apesar da dificuldade de vir, quero pedir o fim da corrupção e uma nova eleição. Estou firme nesse propósito porque é o nosso Brasil que está em jogo”, afirmou.

A manifestação foi chamada por diferentes movimentos que atuam nas redes sociais. No carro de som do Vem pra Rua, um dos principais grupos puxadores dos protestos, um rapper criticou quem diz que apenas a elite branca está nas ruas. “Isso aqui não tem salgado. Não tem coxinha. Aqui são trabalhadores”, disse o morador da Zona Norte da cidade, reverenciado pelos manifestantes que, em sua maioria, eram da Zona Sul.

O homenageado do dia foi o juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava-Jato. Diversas vezes o nome dele foi aplaudido pelos manifestantes, que pediam a continuidade no rigor das investigações sobre o petrolão. Já para o ministro Dias Toffoli o domingo foi ruim. Por ter sido advogado do PT , muitos não queriam que ele participasse do julgamento dos políticos citados na Lava Jato. Apesar de alguns ânimos mais exaltados (três pessoas que gritaram a favor de Dilma Rousseff foram expulsas da manifestação), predominou o clima pacífico durante este segundo protesto de 2015 contra o governo Dilma.

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