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Investigado por Acrônimo e Zelotes, presidente da Caoa diz não ter conta bancária

Em depoimento à PF, Carlos Alberto de Oliveira Andrade admitiu que recebia Fernando Pimentel e o operador Bené em sua casa

Por Da Redação
20 jan 2016, 08h48

Carlos Alberto Oliveira de Andrade, o presidente do Grupo Caoa, que fabrica modelos da Hyundai no Brasil, declarou em depoimento à Polícia Federal não possuir nenhuma conta bancária em seu nome. Investigado na Operação Acrônimo, Andrade deu a explicação para justificar a posse dos 2,5 milhões de reais em dinheiro vivo apreendidos em sua casa, em outubro. As informações foram publicadas hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário não explicou aos investigadores porque não possui conta bancária e alegou ser acionista da Caoa, razão pela qual “normalmente faz as retiradas da empresa em dinheiro, uma vez que não possui conta bancária”. O dinheiro apreendido pela PF foi encontrado em um de seus endereços em São Paulo.

Andrade é investigado na Acrônimo por supostamente ter pago por portarias do governo federal que beneficiaram sua montadora. A compra de facilidades teria sido feita durante a gestão do ex-ministro Mauro Borges à frente do Ministério do Desenvolvimento. Borges sucedeu na pasta Fernando Pimentel, o governador de Minas Gerais, que também é investigado na Operação Acrônimo. Pimentel teve o indiciamento pedido pela Polícia Federal, mas O Ministério Público Federal deu parecer contrário à medida.

Envolvido também na Operação Zelotes pela compra de medidas provisórias durante o governo Lula, o grupo cujo presidente diz não ter conta bancária pagou 2,8 milhões de reais a uma empresa de Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, que tratou dos benefícios à montadora com o então ministro Borges e teria repassado a Pimentel o dinheiro da Caoa. Apontado pela PF como operador do petista no esquema, Bené foi denunciado no ano passado por peculato, fraude em licitação e improbidade administrativa.

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O advogado de Andrade, José Roberto Batochio, disse durante o depoimento de seu cliente que o dinheiro seria destinado ao pagamento de funcionários, despesas familiares e viagens em jatos executivos. De acordo com Batochio, o empresário declarou à Receita Federal em 2014 que possuía 5,2 milhões de reais em espécie, além de um patrimônio de 833 milhões de reais.

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Carlos Alberto de Oliveira Andrade nega ter pago qualquer quantia a Bené e, embora presida a Caoa, o empresário disse aos investigadores não saber porque o grupo pagou 2,8 milhões de reais ao operador. Ele diz acreditar que o repasse seja relativo a pagamentos por serviços de marketing feitos por Bené.

Andrade admitiu à PF, entretanto, que recebia Pimentel e Bené em sua casa. Segundo o empresário, o petista lhe falava sobre a “situação macroeconômica do país, a fim de tomar decisões sobre investimentos”.

(da redação)

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