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Inquérito militar aponta o pai do atropelador como culpado por corrupção ativa

VEJA.com tem acesso aos depoimentos da família Bussamra à corregedoria da Polícia Militar

Por Leo Pinheiro
17 ago 2010, 23h11

VEJA.com obteve a íntegra dos depoimentos dos envolvidos no caso de suborno relacionado ao atropelamento de Rafael Mascarenhas no inquérito aberto pela Polícia Militar. Foram ouvidos o sargento Marcelo Leal, o cabo Marcelo Bigon, o jovem que dirigia o carro, Rafael Bussamra; seu irmão mais velho, Guilherme, e seu pai, Roberto.

O corregedor-geral da PM, coronel Roberto Menezes, afirmou houve ‘acordo’ entre Roberto Bussamra e policiais militares na noite do atropelamento. As investigações concluíram que o empresário cometeu corrupção ativa.

Nesta quarta-feira, serão definidos os nomes dos membros do conselho disciplinar que vão decidir a punição do sargento Leal e cabo Bigon. A provável exclusão de ambos da corporação será anunciada dentro de 40 dias. Caso seja ratificada a decisão de expulsão, os policiais poderão ser indiciados também pela Justiça comum.

Guilherme Bussamra – Em seu depoimento, o irmão mais velho de Rafael detalha como o sargento Marcelo passou a ameaçar a família caso eles tentassem fazer o registro de ocorrência na 15ª DP. O policial teria se identificado com um nome falso: Leandro. Guilherme revela ter sido reprimido por ‘Leandro’ ao questionar por que seu irmão não iria para a delegacia. A resposta é revelados. “O caso não seria levado para a delegacia porque havia documentação mostrando o carro não participara de atropelamento algum”. Os papéis registrariam, de acordo com o depoimento, apenas avarias na carroceria. “Se o caso fosse apresentado na distrital, eu seria prejudicado…”, teria dito o PM. O irmão de Rafael revela ainda que o sargento ensinou a enganar outros policiais dizendo que, em caso de qualquer eventualidade, era para dizer que a placa era clonada.

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De acordo com ele , o policial se comunicava com uma terceira pessoa por um telefone, transparecendo que estava perguntando detalhes do atropelamento. Guilherme não soube informar quem era o interlocutor, mas disse que as respostas eram sobre o estado de saúde do atropelado. A informação era de que ele estava fora de risco e sendo medicado no Miguel Couto.

Roberto Bussamra – As declarações do pai também citam um terceiro elemento envolvido no esquema de extorsão, ainda não identificado pela PM. Roberto Bussamra contou que quis cancelar o pagamento e ir direto à delegacia quando soube que o atraopelado tinha morrido e era filho de Cissa Guimarães. O sargento Leal teria dito: “Mão tem como voltar atrás, pois ele e outras pessoas envolvidas seriam prejudicadas”. O empresário disse que ele não especificou quem seriam os outros. Ele ratificou a fala do filho mais velho ao dizer que as ameaças continuaram no dia seguinte.

Rafael Bussamra – O jovem que dirigia o carro repetiu para Polícia Militar o testemunho prestado à delegada Bárbara Lomba na noite seguinte ao acidente. Nas de sete páginas de seu depoimento ao corregedor do caso, major Gustavo Bastos, relatou a ordem dos acontecimentos cronologicamente, desde a abordagem dos policiais até a escolta no Túnel Rebouças em direção à oficina de Paulo Sérgio Muglia, no bairro de Quintino, subúrbio do Rio.

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