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Indefinição de Marina oculta racha em sua base de apoio

Após negociações tensas, ex-senadora define neste sábado - último dia para filiar-se a tempo de disputar as eleições do ano que vem - seu futuro político

Por Da Redação
5 out 2013, 10h34

Ao adiar para este sábado o anúncio sobre seu futuro político, a ex-senadora Marina Silva afirmou que ainda estava em processo de decisão. Mas por trás do discurso oculta-se um racha na base de apoio a Marina. De acordo com a edição desta sábado do jornal O Estado de S. Paulo, as divisões no grupo político da ex-senadora a forçaram a adiar a decisão sobre concorrer ou não à Presidência da República em 2014. De um lado, estão os que defendem a filiação a uma das legendas que ofereceram abrigo a Marina, como o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ). Do outro, os que creem que filiar-se apenas para disputar a eleição do ano que vem prejudicaria a imagem da ex-ministra do Meio Ambiente, caso do coordenador executivo da Rede, Bazileu Margarido.

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Os que defendem a filiação argumentam que não disputar as eleições seria abrir mão dos 20 milhões de votos recebidos por Marina em 2010 – na ocasião, foi ela a grande responsável por levar a disputa para o segundo turno, que se deu entre Dilma Rousseff e José Serra. Já os demais, alegam que a decisão seria incoerente com o que a ex-senadora vem afirmando até aqui. A indefinição provocou até discussões mais acaloradas entre Marina e seus apoiadores. Após uma delas, Sirkis postou na internet um texto em que faz duras críticas à colega.

Enquanto avalia seu futuro, Marina já recebeu ofertas de pelo menos sete legendas. Neste sábado, dia em que termina o prazo para filiação de quem quiser disputar as eleições do ano que vem, seu grupo político reúne-se com dirigentes do PPS, de Roberto Freire. De acordo com o Estado de S. Paulo, o grupo da ex-senadora quer que Marina ocupe a vice-presidência nacional do partido e tenha autonomia total para conduzir a própria campanha. Apesar da hesitação de Marina em se filiar a um partido que não carrega as bandeiras idealizadas pela Rede, ela estaria sendo pressionada por empresários que financiam o seu projeto político a não desistir de uma candidatura para 2014.

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Revés – O registro da Rede foi negado na noite desta quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entendimento de seis dos sete ministros da corte – apenas Gilmar Mendes divergiu -, a legenda não cumpriu o requisito exigido em lei para a fundação de uma nova agremiação, que é a coleta de 492.000 assinaturas certificadas. Sob o argumento de que houve irregularidades no processo de validação dos apoiamentos nos cartórios eleitorais, a Rede queria que a Justiça concedesse o registro ao partido mesmo faltando cerca de 50.000 assinaturas necessárias.

Antes mesmo do julgamento, Marina Silva recebeu propostas de diversos partidos que estão de olho na massa de eleitores que ela carrega. Nas últimas eleições, a ex-ministra do Meio Ambiente recebeu quase 20 milhões de votos, o referente a 19,3% dos votos válidos. Marina atualmente destaca-se como a mais bem colocada adversária na disputa eleitoral com a presidente Dilma Rousseff. Por isso, sua presença na corrida presidencial é considerada crucial pela oposição para forçar a disputa de um segundo turno.

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