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Hotel frequentado por Getúlio Vargas vai virar moradia estudantil

A estrutura principal foi mantida, mas haverá novidades como coworking, sala de cinema e academia de ginástica

Por Bruna Motta
Atualizado em 13 dez 2019, 17h07 - Publicado em 6 nov 2019, 16h24

O prédio de número 20 na Praia do Flamengo tem história. Recebeu inúmeros presidentes, como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, recepcionou o rei do futebol, Pelé, após o jogo em que conquistou seu milésimo gol, e chegou a servir de residência para vários artistas. Agnaldo Timóteo, Sergio Reis e Ângela Rô Rô moraram em um dos apartamentos do edifício histórico, inaugurado em 1950 para abrigar o Hotel Novo Mundo. Oito meses após encerrar suas atividades, o imóvel passa por uma grande reforma. A previsão é que ele volte a abrir as portas em janeiro como um prédio residencial para estudantes.

Com capacidade para abrigar 413 estudantes, o edifício com vista para alguns dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro, vai abrigar apenas hóspedes que comprovem o vínculo com instituições de ensino, de universitários a mestrandos e doutorandos. Segundo a Uliving, empresa à frente da compra do hotel, a estrutura arquitetônica foi mantida, mas vão ter novidades. Estão previstas a criação de uma área de coworking, uma sala de cinema, academia de ginástica, e mais dois restaurantes abertos aos moradores e o público de fora.

Os quartos poderão ser divididos por até duas pessoas e o preço do aluguel vai variar entre 1.480 e 4.400 reais por habitação. Os valores mais altos são referentes aos imóveis dos últimos três andares, que contam com serviço de limpeza e lavanderia, além de luz e internet, comum a todos. De acordo com Juliano Antunes, CEO da Uliving, o prédio do Novo Mundo foi escolhido por vários motivos, além da localização privilegiada, é claro. “Desde o início estávamos em busca de prédio emblemático e que pudesse ser recuperado para abrigar o projeto”, contou a VEJA.

Apesar de a novidade ter sido bem recebida pelo mercado imobiliário, o setor hoteleiro já não viu com bons olhos a iniciativa. Claudio Magnavita, membro do Conselho Nacional de Turismo, lamentou a decisão de transformar o hotel em moradia. “Hoje em dia não se constrói um hotel do nível do Novo Mundo. Perdemos um equipamento nobre no setor turístico do Rio”, diz Magnavita, que lamenta também a atual decadência do “cinturão da Glória”, formado pelos antigos hotéis Novo Mundo, Glória e Flamengo.

“Todos os projetos de revitalização após as Olimpíada se evaporaram. Em qualquer cidade do mundo o governo impediria que isso acontecesse”. Antigo palacete do empreendedor inglês John Russel, o Hotel Glória foi inaugurado em 15 de agosto de 1922 e comprado em 2008 pelo empresário Eike Batista por 80 milhões de reais. À época, a ideia era transformá-lo em um hotel de padrão seis estrelas e colocá-lo entre os dez melhores do mundo. Hoje, ele se encontra completamente abandonado e correndo risco de ser demolido.

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