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Hospitais federais no Rio de Janeiro receberão R$ 120 milhões em reformas

Valor é destinado para a realização de obras em instalações elétricas e hidráulicas e melhoria da gestão nas seis unidades que funcionam no estado

Por Agência Brasil 26 abr 2019, 18h42

O Ministério da Saúde e a Secretaria-Geral da Presidência vão aplicar 120 milhões de reais em reformas nos seis hospitais federais no Rio de Janeiro. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, as obras serão realizadas em instalações elétricas e hidráulicas, em áreas de ambientação e de recuperação. As prioridades serão encaminhadas pelas direções dos hospitais da Lagoa, de Ipanema, de Bonsucesso, dos Servidores do estado, do Andaraí e no Cardoso Fontes.

“A autorização e a definição do valor já foi dada. Agora vem a fase de entrar no sistema e fazer a análise dos projetos, que é muito mais técnica, uma coisa de engenharia, mas a gente já dá um passo de identificar que esse valor pelo menos coloca esses hospitais em uma condição melhor. No Hospital da Lagoa, a gente tem problema no andar de cima, tem problema nas enfermarias do Hospital de Bonsucesso”, disse o ministro.

Já no Hospital do Andaraí, a situação, segundo o ministro, é tão precária que está em estudo a possibilidade de construir uma outra unidade na região. “Ali a gente tem discutido se vamos caminhar em direção à reforma ou se aquela região, que só tem o Andaraí, comporta uma outra unidade hospitalar, e no Andaraí a gente fazer somente cuidados mais paliativos até que tenhamos uma unidade mais moderna. Isso é ainda um ponto de discussão. Uma equipe de engenheiros e arquitetos vai fazer uma leitura mais adequada do Andaraí”.

Ação integrada

O ministro deu as declarações ao lado do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Floriano Peixoto. Os dois se reuniram com o Comitê Gestor da Ação Integrada nos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, na sede do Ministério da Saúde, no centro do Rio, para discutir as medidas e ações executadas para organizar e melhorar o atendimento e gestão nas unidades federais que funcionam no estado.

O ministro Floriano Peixoto informou que houve um aumento de 32% no número de consultas de emergência entre janeiro a março em comparação ao mesmo período de 2018. Houve ainda 7% de crescimento nos atendimentos ambulatoriais, de 10% nas internações e 3% no total de cirurgias. Esses números resultaram em 250.155 atendimentos, o que significa 20.216 a mais que o registrado no ano anterior.

Outro dado considerado positivo pelo ministro Floriano Peixoto foi a qualificação de atendimentos realizada no período tanto na gestão administrativa como na parte médica. A equipe de trabalho é integrada por 50 profissionais dos hospitais de referência Sírio-Libanês (SP), Albert Einstein (SP), Alemão Oswaldo Cruz (SP), Hospital do Coração (SP) e Moinhos de Vento (RS), que realizaram mais de 100 visitas às unidades federais, o que resultou na capacitação de 1.413 funcionários.

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Floriano Peixoto disse que o processo de centralização de compras e de serviços vai permitir, dentro de uma transição, que as compras e contratações individualizadas sejam expandidas. “A gente espera que com esse procedimento, que deve se completar em dois anos, a gente possa trazer uma economia de 50 milhões de reais para os cofres públicos”, afirmou.

Medicamentos

O levantamento feito nos três meses das atividades da Ação Integrada apontou também falta de alguns itens de medicamentos em quase todos os seis hospitais federais. Mandetta deu como exemplo unidades que não tinham álcool gel, elemento de segurança e de utilização, que na sua falta impede uma série de ações de atendimentos. “Os hospitais não trabalhavam com nenhum tipo de gestão e de organização desse estoque”, explicou.

Para o ministro, a falta de medicamentos será resolvida com o sistema de informatização do estoque hospitalar nos seis hospitais, o acompanhamento da quantidade e da utilização dos medicamentos, com a implantação do uso da dose fracionada por paciente.

Até então, segundo o ministro, uma enfermaria pedia um tipo de medicamento para um paciente que não precisaria usar todos os comprimidos da cartela e ela não retornava aos estoques para ser utilizada em outro atendimento. “Agora, manda-se um comprimido para aquele paciente no horário prescrito. Essa é a fase que a gente começa agora. A primeira foi de identificação de todos os gargalos”, disse Mandetta.

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O levantamento localizou também medicamentos vencidos nas farmácias dos hospitais. “A gente encontrou, sim, a situação de muitos medicamentos no âmbito dos seis hospitais, mas por falta de controle de abastecimento”, disse Mandetta.

Segundo o ministro da Saúde, problemas de recursos humanos são mais um caso de entraves encontrados nesse período. “Temos funcionários públicos federais de uma carreira que praticamente tem sido deixada para a extinção, que é uma situação dos médicos concursados federais. Tem a improvisação com a questão dos contratos temporários, que acabam não dando para esses profissionais um vínculo qualificado com esses hospitais. Eles se veem sempre como uma solução paliativa para o momento e não sabem se vão continuar. Isso sempre prejudica”.

A ação integrada constatou ainda a falta de tecnologia da informação nas unidades. Mandetta adiantou que nessa área haverá o sistema de gestão dos estoques, primeiro no Hospital de Bonsucesso, que depois se estenderá às outras unidades.

Segurança

O balanço dos três meses de Ação Integrada de Apoio à Gestão dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro não apontou problemas na área de segurança. “Zero, zero, zero, zero”, disse o ministro Floriano Peixoto.

O ministro negou que o trabalho da equipe de militares enviada ao Hospital de Bonsucesso no âmbito da ação integrada tenha a função de apuração policial. “Eles não foram lá para fazer qualquer investigação policial”, disse Floriano Peixoto.

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Segundo o secretário-geral da Presidência, o propósito do trabalho dos oficiais no Hospital de Bonsucesso foi contribuir com a gestão. “Não temos nenhum militar na função de ordenador de despesas ou ocupando cargo na estrutura do hospital. Eles estão lá para ajudar na gestão e terminaram a primeira fase, que estamos concluindo [agora], com relatório propositivo, uma identificação da situação do hospital e com um documento que estabelece recomendações para a administração e infraestrutura do hospital. A missão deles foi muito bem cumprida. Não tivemos, em nenhum momento, reação do hospital relativa ao trabalho dos oficiais. Muito pelo contrário. Um exemplo que caracteriza muito bem foi a melhoria dos atendimentos”, disse.

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