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Grevistas impedem garis de trabalhar e fazem novos protestos no Rio

Movimento exige piso salarial de 1.224 reais. Bairros que tiveram desfile de blocos e centro da cidade estão com pilhas de sujeira, com cinco dias sem serviço de limpeza

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
5 mar 2014, 12h07

A Quarta-Feira de Cinzas é também de muito lixo nas ruas do Rio de Janeiro. O impasse entre o município e um grupo de grevistas ainda não tem previsão de resolução. Grevistas impediram garis de trabalhar nesta manhã em diferentes pontos da cidade. É o quinto dia sem coleta de lixo, que deixou diversas ruas abarrotadas de resíduos, principalmente nos pontos de desfile de blocos. O movimento grevista exige agora que os 300 trabalhadores demitidos pela Comlurb, por aderirem ao movimento, sejam reintegrados.

Funcionários que voltaram a trabalhar foram impedidos por grevistas de trabalhar e chamados de “fura greve”. Trabalhadores foram coagidos a encerrar os serviços para que a cidade continue sem coleta de lixo e os grevistas tenham poder de pressão para negociar com a Prefeitura do Rio.

A Comlurb enviou cartas de demissão para esses 300 garis ao longo da terça-feira. A empresa municipal agiu respaldada pela liminar da Justiça do Trabalho que declarou a greve ilegal. Um ultimato imposto pela Comlurb determinou que grevistas deveriam voltar a trabalhar no turno das 19h de segunda-feira, depois que a estatal aceitou dar aumento salarial de 9% em resposta aos protestos dos funcionários.

O gari Fábio Coutinho de Sousa, um dos grevistas, disse que vão ocorrer protestos até que os demitidos pela greve sejam reintegrados ao trabalho. Os grevistas pedem aumento do piso salarial para 1.224 reais, além de adicional por insalubridade, aumento do vale-refeição para 20 reais e outras gratificações. Desde que a paralisação começou na noite de sexta-feira, a Prefeitura do Rio aumentou o piso salarial para 874,70 reais, que é somada a 40% de adicional de insalubridade. De acordo com Sousa, cerca de 70% dos garis estão sem trabalhar.

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“Não há nada que não possa ser negociado. Mas enquanto não tivermos o retorno dos colegas demitidos, vamos continuar em estado de greve”, disse Sousa.

Uma manifestação foi marcada para 12h na sede da Comlurb, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Em tom de desafio, Sousa disse que será iniciada uma “operação tartaruga” caso a Polícia Militar seja acionada para impedir que garis sejam coagidos por grevistas. “Se botarem polícia, começaremos uma campanha tartaruga, de ir para a rua e deixar o lixo no chão”, disse Sousa.

Enquanto a greve permanece sem solução, ruas da cidade estão repletas de lixo desde a noite de sexta-feira. Em algumas calçadas, pedestres precisam se arriscar pela rua para desviar de pilhas de sujeira.

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